Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

Home em foco À Polícia Federal, Bolsonaro diz que Cid cuidava de sua conta no ConecteSUS, mas que não sabe quem gerenciava a da filha

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O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou à Polícia Federal nesta terça-feira (16) que o responsável por cuidar da sua conta no ConecteSUS era Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. O antigo mandatário do País relatou que não sabe quem cuidava do usuário da sua filha adolescente, Laura Bolsonaro.

O aplicativo do Sistema Único de Saúde é onde ficam registradas as informações das doses dos imunizantes contra a covid, além de outros assuntos referentes ao setor de saúde.

Além de dizer que não tinha acesso ao ConecteSUS, Bolsonaro declarou que não sabia quem ficava responsável pelo usuário da filha. Ele revelou que Laura entrou nos Estados Unidos declarando não estar vacinada e que ela possuía laudo médico autorizando a não tomar o imunizante.

Bolsonaro também negou que tenha ordenado a inserção de informações falsas no seu cartão de vacinação no ConecteSUS e relatou que não teve conhecimento da ação. O mandatário relatou que não teria motivo para fraudar os dados.

Bolsonaro foi ouvido pela PF no inquérito que apura um possível esquema de adulteração de cartões de vacinação. O objetivo do grupo era permitir que o ex-presidente, a filha dele, Laura Bolsonaro, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ex-ajudante Mauro Cid e outros funcionários pudessem viajar para outros países, como os Estados Unidos.

Perguntas da PF

A Polícia Federal indagou o ex-presidente sobre cada pessoa que está sendo investigada no caso. Os investigadores queriam saber qual a relação do antigo mandatário do país com todos os possíveis envolvidos no suposto esquema.

Ele também foi perguntado se soube da possível fraude nos cartões de vacinação e se a ordem partiu dele. Porém, o ex-presidente negou.

Bolsonaro ainda jogou a responsabilidade do suposto esquema fraudulento nos seus auxiliares, mas não os culpou diretamente.

O depoimento começou por volta das 14h e terminou antes das 18h. Ele deixou o prédio da PF ao lado dos advogados Fábio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. Nenhum deles falou com a imprensa.

O caso

A Polícia Federal realizou uma operação contra suspeitos de fraudar os cartões de vacinação de Bolsonaro no último dia 3 de maio. Seis pessoas foram presas, inclusive o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid.

Os investigadores suspeitam que a falsificação foi motivada pela necessidade do comprovante de vacinação contra a covid para entrar nos Estados Unidos, onde Bolsonaro ficou entre os últimos dias de dezembro e o fim de março.

Na ocasião, ele negou a participação no esquema e confirmou que não tomou o imunizante contra a covid.

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