Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025

Home em foco Analistas internacionais apontam caminhos que tropas russas usariam em possível ataque à Ucrânia

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A crise na Ucrânia levou os analistas internacionais a preverem por quais caminhos as tropas russas atacariam para conquistar território no país vizinho.

Nem sempre o caminho mais curto é o melhor caminho. Chernobyl fica perto da capital da Ucrânia e na fronteira com Belarus, onde a Rússia faz grandes jogos de guerra. A cidade ucraniana está presa em um tempo quando Moscou dava ordens. Trinta e seis anos atrás, a usina nuclear soviética explodiu: 50 mil moradores fugiram correndo da radioatividade.

Um slogan na zona de exclusão é “Visite Chernobyl, morra depois”. Se entrassem lá agora, as tropas russas romperiam um silêncio assustador.

Belarus é um dos quatro flancos em que a Rússia concentrou suas tropas. O governo russo mobilizou 127 mil militares e conta com mais de 15 mil separatistas no leste.

A Ucrânia se preocupa com a possibilidade de uma estratégia que os Estados Unidos chamam de “trovão”: um ataque rápido e profundo, para chocar e paralisar o inimigo, em vez de ocupar o território. O governo da Ucrânia, de joelhos, cortaria os laços com o Ocidente, um dos objetivos de Putin.

Um antropólogo ucraniano disse que a população russa não toleraria um banho de sangue. São dois países irmãos, como muitas famílias de ucranianos na Rússia e vice-versa.

Outro risco seria Kremlin repetir a tática conhecida como “pequenos homens de verde”. Em 2014, russos com fardas sem bandeira apareceram em pontos estratégicos da Crimeia. Não demorou até tomarem o poder sem dispararem um único tiro. A Rússia anexou a península depois.

Em Moscou, as pesquisas de opinião nos últimos 15 anos mostram que 80% dos russos só querem uma relação amigável com a Ucrânia.

Cenário

A Ucrânia não teria peças de museu rodando por aí. Ao longo dos anos, a Otan deu ajuda militar ao governo ucraniano. E nessa crise atual, os Estados Unidos mandaram para lá 90 toneladas do que eles chamaram de “ajuda letal” à Ucrânia.

O Reino Unido também enviou antimísseis e, neste momento, treina as Forças Armadas ucranianas a operar esses equipamentos. A Ucrânia, pelo menos em tese, não conseguiria bater de frente com os russos, mas teria tudo para deixar a Rússia com o nariz sangrando.

Em oito anos de conflito no leste, centenas de milhares de ucranianos ganharam experiência militar. Mas a Rússia tem mais que o dobro de tropas; 15 vezes mais caças; quase o quíntuplo de tanques.

Só que os soldados ucranianos são bons de combate, e a Ucrânia é enorme. Uma conquista não seria fácil nem duradoura. O custo financeiro e moral poderia ser um pesadelo mesmo na vitória.

A esperança ainda está de pé. As Forças Armadas russas anunciaram nesta semana que 9 mil militares do sul e do oeste terminaram os exercícios militares e voltariam para os quartéis.

Um oficial do exército ucraniano acha improvável uma invasão. Ele enxerga uma guerra, mas de informação. O disparo de informações falsas. É parte do arsenal tóxico da política que não descobriu os atalhos da diplomacia.

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