Segunda-feira, 20 de Maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de maio de 2024
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, sente “profunda tristeza com a perda de vidas e os danos causados pelas fortes chuvas e enchentes no sul do Brasil”, de acordo com uma nota divulgada pelo porta-voz dele, Stéphane Dujarric.
“A equipe das Nações Unidas no país está pronta para ajudar o povo do Brasil neste momento difícil”, diz o documento.
O texto termina falando que desastres como este “são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática sobre vidas e meios de subsistência”.
Houve mortes em mais de 40 cidades do Rio Grande do Sul em decorrência das chuvas e das enchentes. Porto Alegre, a capital gaúcha, foi atingida por conta do transbordamento do Guaíba – o nível da água chegou a 5,33 metros.
Causas
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas:
* Correntes intensas de vento;
* corredor de umidade da Amazônia, que aumenta a força da chuva;
* bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
Efeitos
O número de mortos em razão das enchentes e dos temporais no Estado do Rio Grande do Sul chegou a 107, de acordo com o boletim mais recente divulgado pela Defesa Civil. Ainda há 134 desaparecidos e 754 feridos.
Há quase 400 mil pessoas fora de suas casas. Desse total, são 68,5 mil em abrigos e 327,1 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
O RS tem 431 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com mais de 1,7 milhão de pessoas afetadas.
O papa Francisco mencionou as vítimas do Estado em sua missa do último domingo (5).
“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”, proferiu o Santo Padre.
A verba foi destinada para o “auxílio aos desabrigados”, ainda de acordo com o Vaticano, que disse também que o valor foi retirado da Esmolaria Apostólica, departamento da Santa Sé dedicado à caridade.
O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Jaime Spengler, foi informado da doação pela Nunciatura Apostólica.
“Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível”, disse Spengler.
Emergência
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o RS fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do Estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
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