Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Bolsonaro nega pressão sobre o Exército e minimiza a crise por causa da recomendação de vacinação de militares

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O presidente Jair Bolsonaro disse que se encontrou com o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, na manhã do último sábado (8), e que está “tudo resolvido” em relação à recomendação de que os militares se vacinem contra a covid-19 antes da volta ao trabalho presencial, feita em documento da Força divulgado na última semana.

A recomendação irritou o presidente, o que levou o Exército a cogitar divulgar uma nota sobre o caso. Segundo o presidente, só haverá nota de esclarecimento se o comandante assim quiser. A declaração foi feita durante a festa de aniversário de 40 anos de Bruno Bianco, advogado-geral da União, comemorado no Lago Sul, região nobre de Brasília.

Na ocasião, o presidente também falou sobre o planejamento da reforma ministerial que acontecerá em março, fim do prazo para que os políticos que pretendem disputar as eleições, em outubro, deixem os cargos que ocupam atualmente, caso de titulares de várias pastas.

“Na verdade, (a recomendação de vacinação) não foi do Exército, foi da Defesa (o ministério). Dava dúvida na questão de exigir ou não a vacina”, disse Bolsonaro. “Não há exigência nenhuma. Eu sou democrata. Já tive notícias… Duas estatais que queriam já aplicar sanções em servidores que não fossem vacinados. Aí é simples.”

O presidente negou que tenha pedido alterações no documento divulgado pelo Exército com a recomendação de vacinação:

“Não tem mudança. Pode esclarecer. Hoje tomei café com o comandante do Exército. Se ele quiser esclarecer, tudo bem, se ele não quiser, tá resolvido, não tenho que dar satisfação para ninguém de um ato como isso daí. É uma questão de interpretação.”

Reforma ministerial

Indagado também sobre a reforma ministerial, Bolsonaro disse que já pensa em nomes e tem inclusive alguns definidos, mas não vai divulgá-los para evitar “ciumeira” entre os aliados:

“No momento não tem (reforma ministerial). Vou fazer no final de março. Doze devem sair, mas acho que dificilmente saem antes da hora. Vou querer que saiam um dia antes do limite máximo. Já começamos a pensar em nomes; alguns já estão mais do que certos. Não quero falar agora, porque vai começar uma ciumeira: ‘Por ele e não eu?’. E ciúme de homem é pior do que mulher.”

Bolsonaro disse que mais parlamentares poderão assumir ministérios e voltou a elogiar Flavia Arruda, ministra-chefe da Secretaria de Governo e alvo de críticas de aliados:

“Existe (a possibilidade de mais parlamentares assumirem pastas). Tem muitos sérios. Temos alguns ministros, como a Flavia Arruda, eu escolhi, e o perfil dela, parlamentar, que presidiu a comissão de orçamento. Sabe mexer com números. O mais difícil é o ministério da Família e Direitos Humanos, da Damares (Alves).”

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