Segunda-feira, 20 de Maio de 2024

Home Brasil Bolsonaro sugere que presidente do Tribunal Superior Eleitoral já sabe o resultado das eleições

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) levantou novamente suspeitas sobre a conduta do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em sua live semanal, Bolsonaro reclamou da fala de Fachin numa palestra nos Estados Unidos.

“Não entendo o que o Fachin vai fazer fora do Brasil dizendo que podemos ter um 6 de janeiro ainda pior. Se ele fala isso, é que ele tem a certeza que o candidato dele, que ele tirou da cadeia, o Lula, vai ganhar. Ele tem certeza. Como ele tem essa certeza, se tem muita água pela frente ainda?”, distorceu Bolsonaro.

Nos Estados Unidos, Fachin reconheceu que cenas como as da invasão ao Capitólio por apoiadores de Donald Trump, após a derrota para Joe Biden, podem se repetir no Brasil por causa de possível descontentamento com o resultado das urnas. Ao se defender, o atual chefe do Executivo disse que “ninguém quer invadir nada”, que é necessário “saber o que fazer antes das eleições”.

Segundo o presidente, ele pretende marcar uma conversa com todos os embaixadores do Brasil sobre um powerpoint que sustenta a versão, já desmentida pelo TSE, de que houve fraude nas eleições de 2014, 2018 e 2020.

“O assunto será um powerpoint para nós mostrarmos tudo que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos três ministros do TSE, que também são do STF, sobre o nosso sistema eleitoral”, declarou, referindo-se aos alvos de sempre: Alexandre de Moraes (que vai assumir a presidência da Corte Eleitoral em setembro), Edson Fachin e Luis Roberto Barroso (ex-presidente do TSE).

Na sequência da live, Bolsonaro puxou outra notícia sobre Fachin ter assinado acordo com organização estrangeira para observação das eleições, o que não é tão inusitado quanto convocar as Forças Armadas para fazer contagem paralela dos votos.

“Vem observar o que aqui? Eles têm acesso ao programa? Eles vão poder participar da apuração como técnicos em informática? O que esses observadores vêm fazer aqui? Vêm dar um ar de legalidade por ocasião das eleições? Acredito que todo esse mistério, nas próximas semanas, deverá ser desvendado”, afirmou Bolsonaro.

Temor internacional

Apesar das reclamações de Bolsonaro contra Fachin, há de fato uma apreensão internacional sobre as eleições brasileiras. Na última semana foi revelado que deputados dos Estados Unidos estão preocupados com a possível interferência das Forças Armadas nas eleições do Brasil, inclusive com manipulação de votos e até um golpe de Estado, caso o presidente não seja reeleito.

Esses parlamentares ressaltam os constantes ataques de Bolsonaro às instituições democráticas brasileiras, que incluem o sistema eleitoral do país, em especial as urnas eletrônicas, sem apontar qualquer prova.

Também chamam a atenção para as declarações dos ministos militares de Bolsonaro, que seguem o discurso do chefe e insistem em uma participação efetiva das Forças Armadas nas eleições deste ano, inclusive com uma contagem paralela dos votos em sistema próprio.

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