Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de dezembro de 2022
A poucos dias de deixar o governo, o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, foram ao encontro de apoiadores que se aglomeraram diante do Palácio da Alvorada, em Brasília (DF). Mais uma vez, o chefe do Executivo não deu declarações e acompanhou a cerimônia de arriamento da bandeira por cerca de dez minutos em silêncio. Também calada, a primeira-dama se ajoelhou quando o grupo começou a fazer uma oração.
Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio para “o presidente, o Brasil e a primeira-dama.” O ato é utilizado como uma homenagem e gesto de respeito após a morte de alguém.
Bolsonaro, de terno, e Michelle foram até a frente da residência oficial caminhando pelo gramado e acompanhado de seguranças. No dia anterior, o presidente frustrou a expectativa de apoiadores que, em um número maior, permaneceram na frente do Palácio da Alvorada na expectativa de vê-lo.
Pela manhã, Bolsonaro esteve no Palácio do Planalto. À tarde, recebeu no Alvorada os ministros das Comunicações, Fabio Faria, e o da Justiça, Anderson Torres, além do ex-ministro da Defesas, general Braga Netto.
No dia 9 de dezembro, após 37 dias em silêncio, Bolsonaro conversou com apoiadores na frente do Alvorada. Na ocasião, por cerca de 15 minutos, fez um discurso em que reclamou de críticas, disse se responsabilizar pelos seus erros e que o período de reclusão “dói na alma”.
“Estou praticamente há quarenta dias calado, não é fácil. Dói, dói na alma. Sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês, mesmo arriscando minha vida no meio do povo, como arrisquei em Juiz de Fora em setembro de 2018”, afirmou.
Dois dias depois, Bolsonaro voltou a ir ao encontro dos apoiadores, mas se calou. O presidente derrotado tem evitado dar declarações por medo que elas compliquem sua situação na Justiça.
Recaída
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apresentar profunda tristeza nos últimos dias, com a proximidade de sua saída dos palácios da Alvorada e do Planalto, disseram aliados mais próximos a ele. A informação é da coluna do Guilherme Seto, no jornal Folha de São Paulo.
Eles também disseram que o chefe do Executivo vem falando em se manter longe da política durante os três primeiros meses de 2023.
Bolsonaro vinha ensaiando sua saída da reclusão por meio de breves aparições e discursos direcionados aos seguidores.
Aliados do presidente disseram que essa postura foi interrompida porque a movimentação de saída dos edifícios em Brasília teria feito com que “caísse a ficha” quanto a seu afastamento da Presidência
Os correligionários também relataram que ele, além de deprimido e inconformado com a derrota, tem reclamado de cansaço acumulado pela campanha eleitoral.
Eles afirmaram que Bolsonaro se animou no começo da semana após participar de um almoço com o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Durante o encontro, ele teria dito ao presidente que pretende se colocar, a partir de 2023, como um gestor técnico sem envolvimento em brigas ideológicas.
No Ar: Pampa Na Madrugada