Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Home em foco Chefe da Mercedes não garante Lewis Hamilton na Fórmula 1 em 2022 após fim da temporada “doído”

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Mesmo após desistir do apelo ao resultado do GP de Abu Dhabi, que decretou o primeiro título mundial da carreira de Max Verstappen, a Mercedes parece estar longe de ter superado o resultado. Depois de garantir que a escuderia e Lewis Hamilton não participariam da festa de premiação, o chefe da equipe, Toto Wolff, fez uma afirmação mais polêmica ainda. De acordo com ele, não é possível garantir a permanência do britânico na Fórmula 1 depois desse fim de temporada polêmico.

Mantendo suas críticas aos oficiais e ao diretor de corrida, Michael Masi, o chefe da Mercedes não escondeu a decepção com a forma com que os envolvidos conduziram o final do GP, e fez questão de destacar o tamanho da frustração sentida por ele e, principalmente, por Hamilton.

“Vai levar muito tempo para digerir o que aconteceu no domingo (12). Acho que nunca vamos superar isso, não é possível. Lewis e eu estamos desiludidos no momento. Não estamos desiludidos com o esporte. Amamos o esporte com todos os ossos do nosso corpo. E adoramos porque o cronômetro nunca mente”, disse.

“Mas se quebrarmos esse princípio fundamental de justiça e autenticidade esportiva, de repente o cronômetro deixa de ser relevante. Porque estamos expostos a tomadas de decisão aleatórias. E é claro que você pode perder o amor por um esporte se começar a questionar, com todo o trabalho que vem fazendo, com todo o suor e com as lágrimas e com o sangue”, completou.

Apesar de não confirmar a continuidade de Hamilton como piloto da F1, Wolff comentou que fará o possível para ajudá-lo a passar por esse momento “doído”, e que acredita que no final o coração do heptacampeão irá falar mais alto – vale destacar que o britânico renovou contrato com a Mercedes por mais dois anos recentemente.

“Espero muito que Lewis continue correndo porque ele é o maior piloto de todos os tempos. Estaremos trabalhando nos eventos nas próximas semanas e meses e acho que como piloto, seu coração dirá: ‘Preciso continuar’, porque ele está no auge do jogo”, apontou.

“Mas temos que superar a dor que foi causada nele no domingo, também porque ele é um homem com valores claros e é difícil para ele entender como isso aconteceu. Só tenho que fazer o possível para ajudá-lo a superar isso, para que ele volte forte e com amor pelo esporte e confiança na tomada de decisões do esporte no próximo ano”, concluiu.

Relembre a polêmica

O fim de temporada rendeu muitas reclamações da Mercedes. O resultado foi o anúncio da ausência na cerimônia de premiação da Fórmula 1, em Paris, na França. De acordo com Toto Wolff, ele não poderia estar presente na festa por conta de sua “lealdade a Lewis e integridade pessoal”.

O protesto da Mercedes após o título de Verstappen com a vitória em Abu Dhabi começou minutos depois do fim da prova. Com base nos Artigos 48.8 e 48.12, a agora octacampeã de construtores havia protestado minutos após o fim da corrida por supostas tentativas de ultrapassagem do holandês da RBR sob bandeira amarela e porque a direção de prova não seguiu à risca o regulamento que orienta a saída do safety car da pista.

O carro de segurança foi acionado na volta 54, após a batida de Nicholas Latifi. Porém, apenas cinco retardatários receberam a permissão para ultrapassar os líderes – quando a regra determina que todos ou nenhum carro o façam. Depois, o carro de segurança retornou ao pitlane no fim da volta 57, quando deveria fazê-lo apenas no fim do giro que sucede o realinhamento dos pilotos, segundo o regulamento.

Porém, através de um comunicado, a Mercedes afirmou ter desistido do apelo, justificando que tomou a decisão em conjunto com Hamilton, e que cobrará a FIA pela promessa feita de analisar, ao lado dos pilotos e equipes, o desfecho do GP de Abu Dhabi.

Como dito anteriormente, Toto Wolff não poupou críticas sobre o diretor de corrida, Michael Masi. De acordo com o chefe da Mercedes, a decisão tomada pelo mesmo em Abu Dhabi acabou por decidir o título mundial desse ano.

“Não se trata apenas de uma decisão de mudar o diretor da prova. Todo o sistema precisa ser melhorado. Eu teria desejado uma tomada de decisão mais consistente ao longo do ano, mas a última foi a decisão que teve o maior impacto”, decidiu o campeonato mundial.

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