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Por Redação Rádio Pampa | 13 de novembro de 2021
Cidades estrangeiras perto da fronteira com o Brasil decidiram limitar a venda de combustíveis a cidadãos brasileiros. Em um posto de combustíveis que fica em Cidade do Leste, no Paraguai, boa parte da clientela é brasileira. Lá, o litro da gasolina sai por R$ 5,33. O valor é R$ 1 mais em conta que na maioria dos postos de Foz do Iguaçu, do outro lado da fronteira.
Na Argentina, essa diferença no preço pode ser ainda maior. É possível economizar até 50% ao encher o tanque. Em um posto, por exemplo, o litro da gasolina custa o equivalente a R$ 3,20, o que explica a fila de carros brasileiros para abastecer.
Chegou a faltar gasolina em Porto Iguaçu, o que fez com que a prefeitura e donos de postos decidissem limitar a venda do combustível em 15 litros para quem cruza a fronteira. Nada que desanimasse os brasileiros, que ainda precisam enfrentar várias exigências para entrar na Argentina, como comprovar a vacinação completa há pelo menos 14 dias.
A Petrobras mantém os valores alinhados ao mercado internacional. Na Argentina, desde 2002, há subsídios aos combustíveis e, quando o governo libera aumento, a estatal YPF reajusta os preços em margens menores do que o mercado internacional, o que acaba levando as empresas privadas a suavizar os aumentos.
“Argentina também tem uma questão peculiar, tem grande parte dos veículos, principalmente na Grande Buenos Aires e Rosário, que têm a maior população, os veículos são movidos a gás natural, e a Argentina tem gás natural. Eles são autossuficientes. Então, o mercado da Argentina é um pouco diferente, ele não sofre tanto as oscilações internacionais”, explicou o professor de Engenharia de Energia Ricardo Hartmann.
No Brasil, a gasolina acumula alta de mais de 70% este ano. Quando a oportunidade de economizar apareceu, o estudante Arthur Soeiro já chegou ao posto argentino com o dinheiro na mão.
“Muita felicidade. Depois de tanto tempo abastecendo a quase R$ 7 o litro, agora aqui a R$ 3,20. É uma diferença muito grande”, afirmou.
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