Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Conservadores perdem eleições e deixarão poder na Austrália após quase uma década

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O atual primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, admitiu a derrota após uma eleição em que o Partido Trabalhista, de oposição, deve encerrar quase uma década de governo conservador, possivelmente com o apoio de independentes e ambientalistas. Após os resultados parciais, o futuro primeiro-ministro, Anthony Albanese, de 57 anos, comemorou a vitória: “O povo australiano votou pela mudança. Sinto-me honrado por esta vitória”, disse Albanese a seus apoiadores, depois que o primeiro-ministro conservador Scott Morrison admitiu a derrota.

Os resultados mostraram que a coalizão de Morrison, formada por seu Partido Liberal e o Partido Nacional, foi punida pelos eleitores, especialmente os das áreas urbanas. Ele parabenizou o líder trabalhista e seu sucessor. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também parabenizou Albanese e disse estar “ansioso” para começar a trabalhar com ele.

“Hoje à noite, falei com o líder da oposição e novo primeiro-ministro, Anthony Albanese, e o parabenizei por sua vitória eleitoral esta noite”, disse Morrison, que deixou o cargo de líder de seu partido.

Os trabalhistas conquistaram até agora 72 cadeiras, e ainda precisavam atingir as 76 necessárias para formar um governo sozinhos. Os resultados finais podem levar algum tempo devido a um número recorde de votos pelo correio, cuja contagem ainda não foi concluída.

Um forte desempenho dos Verdes e de um grupo dos chamados “independentes azul-petróleo”, que fez campanha por políticas de integridade, igualdade e combate às mudanças climáticas, mostra que os governos conservadores pagaram a conta de sua inação frente à mudança climática em um país duramente afetado por catástrofes naturais.

E também indica que a composição do novo Parlamento parece ser muito menos cética em relação ao clima do que a que apoiou o governo de Morrison, favorável à exploração do carvão. Morrison apoiou as poderosas indústrias do carvão e do gás e resistiu aos apelos mundiais pela redução das emissões de carbono para além dos 28% comprometidos até 2030.

“Podemos aproveitar esta oportunidade para que a Austrália se transforme em uma superpotência de energia renovável”, acrescentou Albanese, que ratificou seu compromisso de combater a mudança climática.

Membro do Partido Trabalhista desde o ensino médio, Albanese foi o primeiro membro de sua família a ir para a universidade. Sua origem trabalhadora, segundo ele, moldou sua visão de mundo. “Diz muito sobre este país que alguém com minha formação (…) possa se apresentar hoje diante de vocês, com a esperança de ser eleito primeiro-ministro”, disse, mais cedo no sábado, com a voz embargada de emoção.

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