Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de agosto de 2023
A corrida pela próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal, daqui a pouco mais de um mês, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, começou com muitos nomes, entre eles políticos graúdos e juristas renomados, e muita discussão, principalmente em torno da representatividade feminina na Corte, onde as mulheres ocupam apenas duas das onze cadeiras.
Os recentes votos do ministro Cristiano Zanin no STF (Supremo Tribunal Federal) ampliaram a pressão da base de Lula (PT) para escolher um nome mais à esquerda, de preferência uma mulher negra, para a vaga de Rosa Weber. O movimento destas alas progressistas até agora não sensibilizou o presidente. Cada um dos favoritos tenta agora reforçar as suas cartas na manga.
Aliados do presidente, tanto da ala política como jurídica, porém, dizem duvidar que as cobranças surtam algum efeito na decisão do petista, que busca lealdade e maior facilidade de diálogo no próximo integrante da corte.
Tudo indica, no entanto, que a disputa começa a se afunilar. Embora a definição ainda esteja em aberto e não seja possível cravar o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quem acompanha os bastidores aponta dois nomes como os mais fortes hoje no páreo: o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Apesar dos pedidos para que a substitua por uma mulher, Lula já deixou claro que um dos principais critérios para a escolha do próximo ministro —assim como Zanin, que era seu advogado—, será a lealdade, a confiança e a possibilidade de ter um canal direto de comunicação.
O petista já disse a aliados não querer repetir o que considerou erros em indicações anteriores para o Supremo, que não evitaram a sua prisão.
Segundo ministros, o presidente não se importou com o posicionamento do seu ex-advogado contra a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal —até porque tende a não ser decisivo para o resultado, já que 5 dos 11 ministros já se manifestaram favoráveis à mudança na interpretação da lei.
Se a pressão das esquerdas nas redes tiver algum efeito, palacianos avaliam que o beneficiado será Jorge Messias, atual advogado-geral da União, que já figura entre os principais cotados.
Embora não seja filiado ao PT, Messias tem um histórico de alinhamento às reivindicações da base petista. Além disso, a lealdade do ministro já foi testada no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Outro “empurrão” vem do Prerrogativas, grupo de juristas ligados ao presidente, embora ali também seja vista com bons olhos a alternativa Dantas. Sua desvantagem é a falta de experiência em cargos de peso, o que não restringe a resiliência em situações de extrema pressão.
No Ar: Pampa Na Madrugada