Domingo, 22 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de agosto de 2023
A CPI dos atos extremistas de 8 de janeiro recebeu novos vídeos da invasão ao Senado. Na oportunidade, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e destruíram o Palácio do Planalto, a Câmara, o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília.
Nas imagens, os manifestantes atacam os policiais militares presentes no local. Um agente chega a utilizar spray de pimenta para afastar as pessoas. Em seguida, um extintor de incêndio é jogado contra os policiais.
Em outro momento, uma mulher entra no Salão Nobre e retira da galeria de ex-presidentes da Casa o retrato do senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas. Ela joga a obra no chão. Depois, arranca a moldura e bate o quadro na barra que isola a área.
Na data, também foram danificados dois retratos de José Sarney e um de Ramez Tebet.
As imagens mostram, ainda, homem se pendurando em uma estátua para entrar no local. A estimativa do Senado é de um prejuízo de mais de R$ 2 milhões com a depredação.
Em janeiro, poucos dias após a depredação, o Senado afirmou que cinco quadros de ex-presidentes da Casa foram danificados. Dois retratavam Renan Calheiros.
A coordenadora do Museu do Senado, Maria Cristina Monteiro, afirmou que somente um dos quadros de Sarney poderia ser restaurado. As outras quatro pinturas foram classificadas como irrecuperáveis, em razão de cortes.
Em maio, a galeria recebeu novos quadros, em substituição às obras danificadas.
Julgamento
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento, nesta segunda-feira (14), por meio do plenário virtual, de 70 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionadas aos ataques ao STF, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro. O julgamento irá até às 23h59 da próxima sexta-feira (18).
A sessão virtual extraordinária do plenário foi convocada pela presidente da Corte, a ministra gaúcha Rosa Weber, na última quarta-feira (9). A partir do julgamento virtual, o Supremo decidirá se abre ações penais contra os acusados dos atos antidemocráticos. Caso as denúncias sejam aceitas, eles vão virar réus e o processo poderá ser iniciado.
Nesses casos, haverá coleta de provas e depoimentos de testemunhas da defesa e da acusação. Posteriormente, sem prazo para ocorrer, o STF julgará os acusados.
De acordo com o STF, essas denúncias foram apresentadas em inquéritos com a relatoria do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Réus
Ainda seguem presas, em decorrência dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, 128 pessoas (115 homens e 13 mulheres), das quais 49 foram detidas nos dias 8 e 9 de janeiro, após os atos, e 79 em operações policiais realizadas nos últimos meses.
Na última terça-feira (8), o Supremo concedeu liberdade provisória, com a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, a 72 réus pelos atos golpistas – 25 mulheres e 47 homens.
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