Quinta-feira, 16 de Maio de 2024

Home Saúde De cada quatro brasileiros que têm hepatite B, um não sabe

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O Ministério da Saúde estima que cerca de um em cada quatro brasileiros com hepatite B não sabe que tem a doença. Segundo dados apresentados pela pasta, entre 1 milhão de pessoas que devem viver com a doença viral no País, somente 264 mil (24%) foram diagnosticadas. A quantidade de indivíduos com acesso a medicamentos é ainda menor: apenas 41 mil fazem tratamento. A meta do ministério é ampliar esse número para 100 mil nos próximos dois anos.

Os dados mostram que houve uma queda nos registros de novos casos entre 2019 e 2022, passando de 14.350 para 9.156. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Ethel Maciel, explicou que a queda deve estar relacionada à pandemia de covid. “Precisamos resgatar e ampliar o diagnóstico nas unidades de saúde”, disse.

Tipos

Atualmente, há cinco tipos de hepatite em circulação no Brasil, sendo que as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. O grande risco é que elas podem atingir o fígado, levando a quadros como cirrose. As estatísticas indicam que os homens são o público mais atingido pela doença, representando 56% do total de casos.

A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) aprovou a inclusão de um novo tratamento no SUS, que possibilita que as pessoas alcancem a cura em um período menor e com menos efeitos adversos. Com o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), o tratamento poderá começar mais cedo, já que será suficiente a identificação da carga viral da hepatite B e a relação com a idade da pessoa para, assim, iniciar a medicação. Antes, o paciente devia ser avaliado por especialistas e considerar outros testes.

A meta do Ministério da Saúde é ampliar o diagnóstico, chegando a 90% dos potenciais casos até 2030. Atualmente, o governo disponibiliza no Sistema Único de Saúde (SUS) tanto a vacina contra hepatite A quanto contra hepatite B.

Vacinação

“Infelizmente, desde 2015 temos uma diminuição da cobertura vacinal, e isso reflete nos números de transmissão da fase adulta. Precisamos vacinar as crianças”, alertou a médica. Ainda segundo ela, a vacina é oferecida na maternidade, mas é fundamental garantir que 100% dos bebês recebam o imunizante ao nascer e, depois, o reforço. “Devemos resgatar a alta cobertura vacinal para um doença que é prevenível e leva pessoas a óbito.”

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