Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Home Economia Dólar cai para o menor valor em dois meses

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O dólar fechou em queda de 0,78%, cotado a R$ 5,5357, nesta quarta-feira (12), após dado de inflação nos Estados Unidos vir ligeiramente acima do estimado pelo mercado.

Foi a segunda queda consecutiva, no menor patamar em quase dois meses ante o real, com as operações locais novamente repercutindo o forte ajuste de baixa na moeda norte-americana no exterior, diante da percepção de que os Estados Unidos não serão mais agressivos no processo de normalização de sua política monetária do que o esperado.

Ao longo do dia, a cotação variou entre R$ 5,602 (+0,39%) e R$ 5,5292 (-0,91%). Com o resultado, a moeda norte-americana acumula recuo de 1,72% na semana e de 0,70% no ano.

Contexto

Nos EUA, a inflação atingiu 7% no acumulado em 12 meses até dezembro, o maior avanço anual desde junho de 1982, o que pode reforçar as expectativas de que o Federal Reserve começará a elevar os juros já em março, como o esperado por parte dos analistas.

Na véspera, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse ao Congresso norte-americano que a economia do país está pronta para o início do aperto da política monetária, mas não deu pistas sobre o momento de início do ciclo de alta de juros.

Na cena doméstica, aumentou a pressão em cima do Banco Central em relação ao aperto monetário após o resultado da inflação de dezembro ter vindo acima do esperado.

Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos. E a perspectiva do mercado é que ela termine o ano em 11,75% ao ano.

Segundo a agência Reuters, há, entre participantes do mercado, a percepção de que juros mais altos no Brasil podem beneficiar o real, uma vez que elevariam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, atraindo mais recursos para o país.

Mas uma Selic mais alta — que deve chegar aos dois dígitos já na próxima reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom) — também podem ter um custo elevado à atividade econômica brasileira, uma vez que tendem a frear os gastos do consumidor.

O mercado também seguiu com as questões fiscais no radar, em especial a pressão de servidores por reajustes salariais.

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