Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025

Home em foco Esquerdistas lançam frente unida para enfrentar Macron nas eleições legislativas da França

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Os partidos de esquerda franceses lançaram no sábado (7) sua primeira frente unida, em 20 anos, para enfrentar o presidente Emmanuel Macron nas eleições legislativas de 12 e 19 de junho, quando tentarão impedir que o recém-reeleito chefe de Estado consiga também manter o controle do Parlamento, como indicam as pesquisas.

Em convenção em Aubervilliers, no Norte de Paris, líderes dos quatro partidos envolvidos — o França Insubmissa (LFI), os verdes, os socialistas e os comunistas — prometeram “reescrever a História da França”.

Batizada de Nova União Popular, Ecológica e Social (Nupes), a ampla união eleitoral foi possibilitada pela adesão do Partido Socialista (PS) na sexta-feira, o último a aderir à aliança, após ser relegado a uma posição secundária nas eleições presidenciais, cedendo o posto de principal força da esquerda ao LFI, de Jean-Luc Mélenchon.

O líder do França Insubmissa ficou em terceiro lugar na disputa, com 22% dos votos no primeiro turno das eleições, logo atrás da candidata da extrema direita, Marine Le Pen. A candidata dos socialistas, Anne Hidalgo, obteve apenas 1,7% dos votos.

“Claro que são as esquerdas que se unem, mas não é a esquerda unida, não é a esquerda plural, não é a união das esquerdas, é uma nova página da história chamada Nova União Popular, Ecológica e Social”, declarou Mélenchon no lançamento da Nupes. “Não é apenas um acordo eleitoral. É um ato de resistência coletiva a uma era de abusos sociais, ecológicos e democráticos.”

O líder do LFI foi o grande artesão da aliança. Logo depois de seu notável desempenho nas eleições presidenciais, anunciou o foco nas legislativas com o objetivo de tornar-se primeiro-ministro no rastro de uma vitória nas urnas.

Em seu caminho, no entanto, estão as pesquisas, que indicam vantagem, até aqui dos candidatos de Macron. As projeções iniciais de pesquisas mostram que o partido de Macron — que foi renomeado para Renascença na quinta-feira — está a caminho de vencer as eleições de 12 e 19 de junho. Mas as pesquisas foram realizadas antes que a aliança de esquerda fosse criada.

Macron ganhou um segundo mandato presidencial no mês passado, mas precisará de uma maioria no Parlamento se quiser aprovar políticas que incluem o aumento da idade de aposentadoria para 65 anos, dos 62 atuais, contra a oposição da esquerda e da extrema direita.

Mais independente

Ao tomar posse em seu segundo mandato no Palácio do Eliseu, Macron prometeu “trabalhar incansavelmente” por uma França “mais independente e mais forte”, mas disse que primeiro tomaria medidas para evitar uma nova escalada na guerra na Ucrânia.

Em um país onde os presidentes raramente são reeleitos, Macron obteve 58,5% dos votos no segundo turno contra Le Pen.

Ele falou da necessidade de inovar em um momento de desafios sem precedentes para o mundo e para a França, e disse que seu segundo mandato será “novo”, e não apenas uma continuação do primeiro.

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