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Por Redação Rádio Pampa | 7 de maio de 2022
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi empossado no sábado (7) para seu segundo mandato, no Palácio do Eliseu, em uma cerimônia na qual fez um breve discurso, prometendo “trabalhar incansavelmente” por uma França “mais independente e mais forte”, mas dizendo que primeiro tomaria medidas para evitar uma nova escalada na guerra na Ucrânia.
Em um país onde os presidentes raramente são reeleitos, Macron obteve 58,5% dos votos no segundo turno contra a candidata da extrema direita Marine Le Pen, apesar da forte oposição às suas políticas pró-negócios e de uma proposta para aumentar a idade de aposentadoria.
Ele falou da necessidade de inovar em um momento de desafios sem precedentes para o mundo e para a França, e disse que seu segundo mandato será “novo” e não apenas uma continuação do primeiro.
“Precisamos inventar juntos um novo método, longe de tradições e rotinas cansadas, com o qual possamos construir um novo contrato produtivo, social e ecológico”, afirmou, prometendo “agir incansavelmente com um objetivo”. “Ser uma nação mais independente, viver melhor e construir nossas próprias respostas francesas e europeias aos desafios do século.”
Macron destacou a ameaça representada pela invasão da Ucrânia pela Rússia e as preocupações ambientais globais.
“O tempo à frente será de ação resoluta para a França e para a Europa”, disse Macron, prometendo “primeiro agir para evitar qualquer escalada após a agressão da Rússia na Ucrânia”.
Estiveram presentes na cerimônia seus antecessores Nicolas Sarkozy e François Hollande, sua família, incluindo sua mulher Brigitte, amigos, membros do governo e seu primeiro-ministro Jean Castex, além de líderes religiosos e outras figuras políticas.
Ele cumprimentou os convidados, incluindo profissionais da saúde, autoridades locais, dirigentes de associações e atletas. O novo mandato, porém, só começará oficialmente em 14 de maio. A nomeação do novo primeiro-ministro deverá ocorrer apenas na sequência, com as eleições legislativas marcadas para junho.
O pleito é vital para o governo do presidente. Partidos de esquerda lançaram uma rara frente unida anti-Macron, liderada por Jean-Luc Mélenchon — líder da sigla da esquerda radical França Insubmissa (LFI) e terceiro colocado na disputa presidencial —, que visa impedir Macron de conquistar uma maioria nas eleições parlamentares.
A coalizão, da qual fazem parte os Verdes, o Partido Socialista (PS) e o Partido Comunista Francês (PCF), além da LFI, realizará uma convenção nesta tarde na qual devem ser apresentados vários candidatos. As políticas da nova aliança de esquerda incluem planos para reduzir a idade de aposentadoria de 62 para 60 anos — medida contrária aos objetivos do presidente, que quer aumentar a idade para 65 —, aumentar o salário mínimo e limitar os preços de produtos essenciais.
Na semana anterior, o partido A República em Marcha (LREM, na sigla em francês), de Macron, também lançou uma coalizão, esta com outras duas siglas centristas. Neste sábado, o partido de direita Os Republicanos também deve realizar uma reunião do conselho nacional.
No Ar: Pampa Na Tarde