Quarta-feira, 08 de Maio de 2024

Home em foco Felipe Massa entende que foi vítima de uma conspiração na edição de 2008 da Fórmula 1

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Felipe Massa deu início aos trâmites para mover uma ação com pedido de indenização à Fórmula 1 e à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por entender que perdeu o título de 2008 porque foi vítima indireta de uma conspiração. Ele notificou os dirigentes das duas entidades sobre o prejuízo que teve por causa de uma manobra antidesportiva envolvendo os então pilotos da equipe Renault, Nelsinho Piquet e Fernando Alonso, no GP de Cingapura. Massa, hoje na Stock Car, terminou a temporada um ponto atrás do campeão Lewis Hamilton (97 a 98), mas poderia ter ficado à frente se não fosse o episódio.

O reconhecimento da fraude em Cingapura foi feito por Bernie Ecclestone, ex-chefão da categoria, em março último, em entrevista ao site F1-Insider. Ele revelou que sabia da manipulação e admitiu que o piloto brasileiro poderia ter ficado com o título mundial sem o jogo sujo, ainda que tenha negado se tratar de uma armação especificamente contra Massa. Ao saber das declarações de Bernie, o brasileiro disse que estudaria acionar a Justiça.

Os advogados do ex-piloto enviaram a Stefano Domenicali, atual CEO da F-1 e ex-chefe de Massa na equipe italiana, e a Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, uma carta de aviso legal sobre o caso. Tal procedimento é obrigatório para dar sequência a processos judiciais na Inglaterra, onde a ação foi protocolada.

A carta diz que Massa é o “legítimo campeão” de 2008 e que a F-1 e a FIA ignoraram a “má conduta” que lhe tirou o título. O texto estima um prejuízo de “dezenas de milhões de euros” e afirma que Massa “foi vítima de uma conspiração cometida por indivíduos do mais alto nível” do corpo diretivo das entidades. Domenicalli e Sulayem têm 14 dias para responder. Do contrário, o processo judicial pode ser iniciado sem aviso prévio.

Manobra

O chamado “Cingapuragate” aconteceu em setembro de 2008, na 15ª de 18 etapas daquela temporada. Na ocasião, Massa foi o pole position e liderava a prova, com Hamilton em segundo, quando Nelsinho Piquet, bateu no muro, forçando a entrada do safety car. Vários pilotos, então, fizeram um pit stop e Alonso, que havia parado antes, se beneficiou e foi para as primeiras posições.

Em seu pit, Massa foi devolvido à pista Ferrari com a mangueira de combustível ainda presa ao carro, soltando combustível. O brasileiro teve de parar no fim do pit lane para retirar a mangueira e depois ainda foi punido com um drive through. Com isso, suas chances de vitória acabaram. Alonso venceu e Hamilton foi terceiro, marcando 6 pontos. Em 13º, Massa não pontuou.

Um ano depois, Nelson Piquet revelou que seu filho batera de propósito por ordem de Flavio Briatore, então chefe da Renault, para beneficiar Alonso. O caso foi investigado pela FIA, que puniu os envolvidos. Briatore foi banido da F-1, embora a decisão já tenha sido revogada, e o engenheiro Pat Symonds, outro responsável pela ordem para a batida, foi suspenso por cinco anos – atualmente é diretor técnico da F-1.

Em março último, Ecclestone admitiu que ele e o então presidente da FIA, Max Mosley, estavam cientes da armação antes mesmo da denúncia de Nelson Piquet. “Decidimos não fazer nada. Queríamos proteger o esporte e evitar um grande escândalo. Então, Hamilton foi presenteado com o troféu e estava tudo bem”, confessou. “Felipe Massa se tornaria campeão mundial, e não Lewis Hamilton. Hoje me solidarizo com Massa, sinto muito por ele.’’

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