Sábado, 24 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de maio de 2024
O governo federal monitora os preços praticados pela indústria de arroz no País – e pretende se reunir com atacadistas para evitar uma escala nos preços, incluindo o estoque já em posse dos revendedores. As informações são do blog da Ana Flor.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a pasta está estruturando uma “ação” com varejistas brasileiros. Segundo ele, esse seria o primeiro passo para garantir o abastecimento, sem escalada de preços, do arroz no País.
O risco de escassez ou inflação surgiu no radar após as chuvas fortes que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas – o Estado concentra 70% da produção nacional do grão. A maior parte da safra atual, no entanto, já tinha sido colhida antes das enchentes.
O Ministério da Agricultura reuniu dados levantados por associações de supermercados. As tabelas mostram que, de nove empresas que vendem arroz ao varejo, cinco suspenderam as negociações.
O governo também identificou que pelo menos oito das principais marcas de arroz do País já vendem o cereal com reajustes entre 5% e 14% – mesmo sem terem estoques afetados pelas enchentes no RS.
Leilão suspenso
Na última segunda (20), o governo federal zerou o imposto de importação do arroz para países de fora do Mercosul.
Em seguida, Fávaro afirmou que o País suspenderia o leilão em que previa comprar toneladas do cereal produzido por países vizinhos. O Mercosul, segundo ele, elevou os preços em cerca de 30% antevendo a compra.
“Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar”, disse Fávaro.
Apesar da suspensão do leilão para compra de arroz, o governo decidiu manter a compra do produto de outros países. A previsão é importar entre 150 mil e 200 mil toneladas do produto a ser adquirido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e distribuído por supermercados e atacadistas.
Os detalhes da operação deverão ser anunciados nos próximos dias, segundo técnicos envolvidos nas discussões. Com a isenção da tarifa de importação do arroz, o produto poderá ser comprado de outros países, como Tailândia, por exemplo, além do Mercosul.
No entanto, o governo gaúcho afirmou que, mesmo com o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul, a safra do Estado será suficiente para abastecer todo o País e que a importação é “desnecessária”.
No Ar: Pampa Na Tarde