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Por Redação Rádio Pampa | 26 de março de 2023
Integrantes do governo tentam remarcar para abril a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. No entanto, em razão da complexidade da agenda – com a previsão de várias reuniões bilaterais e com empresários – a ida da comitiva brasileira para o país asiático pode ocorrer somente em maio.
O governo da China informou que mantém contato com o governo brasileiro para o reagendamento da visita de Estado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao país. Lula se encontraria com o presidente chinês, Xi Jinping, na próxima terça-feira (28), mas cancelou a viagem por razões de saúde.
Em um primeiro momento, o embarque foi transferido de sábado (25) para este domingo (26), na expectativa de que o presidente se recuperasse de uma pneumonia. Contudo, após reavaliação neste sábado, a viagem foi cancelada.
De acordo com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor de Lula, o governo negocia com as autoridades chinesas a melhor data para o encontro.
A viagem do presidente ao país asiático é considerada de extrema importância pelo governo. A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Além das relações econômicas entre os dois países, Lula quer debater com o presidente Xi Jinping uma tentativa de solução para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O petista também quer tratar com o presidente chinês questões de governança global e a possibilidade de um novo desenho para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na China, Lula também quer prestigiar o início da gestão da aliada e ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – o banco do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics). Dilma foi confirmada como presidente da instituição financeira, cuja sede fica em Xangai, na última sexta-feira (24).
Cúpula do G7
Integrantes do governo e empresários do agronegócio brasileiro sugeriram que Lula viaje em maio, por volta do dia 18, para aproveitar uma feira de alimentação local, a SIAL, que costuma ter a presença de Xi Jinping. Lula poderia emendar a visita de Estado à China com a ida à cúpula do G7, no Japão. Mas diplomatas avaliam potenciais sensibilidades chinesas e a disponibilidade na agenda do presidente do país.
O ministro Carlos Fávaro confirmou a proposta da viagem em maio, mas disse que agora a nova data depende de uma decisão da China. “A gente tem que respeitar a diplomacia. Eu ouvi também a sugestão. Sugestão interessante. Mas agora quem define a data da agenda é o governo chinês”, disse o ministro, que assumiu a liderança da missão brasileira em Pequim, sendo o único membro do primeiro escalão do governo, a pedido de Lula.
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