Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Home em foco Inglaterra suspende uso de máscaras em lugares fechados

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Boa parte das restrições anti-covid foi suspensa na Inglaterra, com o fim da exigência de uso de máscaras — que nunca foi necessário em ambientes abertos — em lugares fechados e dos passaportes sanitários.

A partir desta segunda-feira (31), segundo o governo, as residências para idosos poderão receber um número ilimitado de visitantes. Na semana passada, a recomendação de trabalhar de casa já havia sido levantada. Em breve, o país vai parar de exigir testes para viajantes e quarentenas.

“Este país está aberto aos negócios, aberto aos viajantes”, afirmou o premier Boris Johnson, no desejo de reativar a economia e satisfazer setores com o transporte aéreo e o turismo, ao anunciar que, a partir de 11 de fevereiro, os visitantes com vacinação completa já não terão que se submeter a testes de covid-19 ao chegar à Inglaterra.

Além disso, semana passada Boris afirmou que não prorrogará a norma que impõe quarentena entre cinco e dez dias para os casos positivos depois de a determinação expirar, em 24 de março.

Apesar do fim oficial das restrições, algumas instituições e serviços podem ainda aconselhar o uso de máscaras, como o metrô de Londres, enquanto clubes noturnos e estádios têm autonomia de decidir se vão exigir passaportes sanitários na entrada.

Johnson anunciou a suspensão das restrições semana passada. Um dos objetivos é agradar o setor mais liberal de seu Partido Conservador enquanto vários deputados governistas consideram lançar uma moção de censura contra seu governo devido às festas realizadas em seu escritório e residência oficial, em Downing Street, durante a quarentena.

O relaxamento é possível porque há “uma estabilização das internações hospitalares, uma diminuição das infecções por ômicron e uma redução no número de pessoas em cuidados intensivos com covid-19”, segundo o governo.

Um dos países mais afetados pela covid, com 154.700 mortos desde o início da pandemia, o Reino Unido registrou na última quarta (26) 102.292 novos casos, em uma população de 67 milhões de habitantes. Segundo o Ministério da Saúde, 83% dos maiores de 12 anos no Reino Unido receberam a segunda dose, e 81% a vacina de reforço.

No entanto, cientistas já advertiram sobre a possibilidade de surgirem futuras mutações mais perigosas.

“À medida que aprendermos a viver com o covid-19, devemos nos manter alertas”, disse o ministro da Saúde, Sajid Javid.

“Já é hora de ter uma vida normal, já se foram quase dois anos”, diz Julia, espanhola de 28 anos que trabalha em Londres.

No restaurante em que trabalha, em uma região central, há mais clientes circulando desde que o governo deixou de lado, semana passada, o home office. Mas alguns desconfiam, como James Hughes, de 57 anos:

“Não acredito que tenhamos voltado à normalidade. Me preocupo porque o vírus continua existindo por aí e não estou seguro de que agora as pessoas o levem a sério”, diz. “Usarei a máscara sempre que estiver em algum lugar movimentado.”

As outras três nações que compõem o Reino Unido decidem separadamente suas próprias políticas sanitárias. Desde segunda (24), a Escócia já não limita o número de participantes em reuniões. Já Gales reabrirá os clubes noturnos, medida já adotada previamente pela Irlanda do Norte, embora continue exigindo passaportes sanitários.

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