Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home Política Irmãos Weintraub entram com queixa-crime no Supremo contra deputado Eduardo Bolsonaro

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Os irmãos Arthur Weintraub e Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, entraram no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma queixa-crime contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após o parlamentar ofender os irmãos em uma publicação em sua conta no Twitter.

Os Weintraub realizaram uma transmissão pelas redes sociais para comentar o perdão da pena do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia 21 de abril, um dia após o STF ter condenado o parlamentar fluminense por ameaças a ministros da Corte.

“Os precedentes que estão sendo criados são péssimos. Depois você vai querer comparar o que aconteceu com o Daniel com o cara lá na frente que tiver com corrupção, lavagem de dinheiro, mas vai falar: aqui também já tem um precedente. É muita coisa. É impressionante. Jamais imaginei que fosse ver uma coisa dessa”, afirmou Arthur, durante a transmissão, na noite do dia 22, dia seguinte ao decreto presidencial.

Eduardo Bolsonaro reagiu em seu perfil no Twitter com críticas e xingamentos.

“A gente tá na guerra e o cara me falando em precedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido indulto e agora o instrumento tenha sido utilizado para seu fim: soltar um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos da p***! Desculpa, mas não há outra palavra.”

A postagem do parlamentar filho do presidente está anexada à queixa-crime protocolada no STF.

“Os fatos são graves e ultrapassaram o direito de liberdade de expressão do querelado [Eduardo Bolsonaro], tratando-se apenas de ofensa gratuita contra os querelantes [irmãos Weintraub], com o único objetivo de humilhá-los e desqualificá-los perante a sociedade. Os querelantes são figuras conhecidas publicamente, possuem reputação ilibada, extensa vida acadêmica, são professores concursados da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo], sendo certo que a reputação é um de seus maiores bens”, diz o documento protocolado no STF pelos advogados dos irmãos.

Abraham Weintraub foi ministro da Educação até junho de 2020, quando deixou o governo Bolsonaro após críticas a ministros do STF. Depois de desembarcar da pasta, ele também não poupou críticas ao presidente por fazer alianças com partidos do Centrão, principalmente após a filiação de Bolsonaro ao PL.

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