Terça-feira, 15 de Outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 15 de outubro de 2023
As forças israelenses bombardearam a Síria pouco depois que sirenes de ataque aéreo soaram nas Colinas de Golã, um território sírio anexado por Israel em 1967 e, desde então, contestado. A ofensiva teve como alvo o aeroporto internacional da cidade de Aleppo, que ficou fora de serviço, segundo o Ministério da Defesa do país.
“Um ataque aéreo israelense vindo da direção do mar atingiu o aeroporto de Aleppo”, informou Rami Abdel Rahman, diretor do observatório, à AFP.
Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) mencionaram o ataque, mas sem especificar os alvos. “Após um relato inicial de sirenes que soaram nas comunidades de Avnei Eitan e Alma, a artilharia das Forças de Defesa de Israel está agora atacando a origem dos disparos na Síria”, informou o Exército de Israel em comunicado, acrescentando que foram identificados dois lançamentos da Síria, que caíram em uma área aberta do território israelense.
Não foi o primeiro bombardeio feito por Israel à Síria desde o início do conflito com o Hamas, há uma semana. Na quinta-feira, segundo a mídia síria, os israelenses atacaram os dois principais aeroportos do país, nas cidades de Damasco e Aleppo.
“O inimigo israelense realizou um ataque aéreo na direção do Mar Mediterrâneo, a oeste de Latakia, tendo como alvo o Aeroporto Internacional de Aleppo, o que causou danos materiais ao aeroporto e o deixou fora de serviço”, disse o Ministério da Defesa da Síria neste sábado.
Fontes disseram à agência de notícias Reuters que os ataques aos aeroportos têm o objetivo de interromper as linhas de suprimento iranianas para a Síria.
O bombardeio deste sábado ocorre dias depois de o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, ligar para seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, e pedir aos países árabes e islâmicos que cooperem “para acabar com os crimes do regime sionista contra a nação palestina oprimida”.
Na Síria, a aviação israelense ataca especialmente os grupos apoiados pelo Irã e o movimento libanês Hezbollah, que são aliados de Damasco e inimigos declarados de Israel, além de posições do Exército sírio.
Neste sábado, moradores de cidades israelenses perto da fronteira com o Líbano, incluindo os kibutzim Dan, Dafna, Snir e Goshrim, foram aconselhados a ir para abrigos e permanecer nesses locais até ordem em contrário. A decisão foi tomada em meio à intensificação da tensão na região fronteiriça entre o Hezbollah e Israel, que trocaram hostilidades pelo segundo dia consecutivo.
Segundo o grupo xiita libanês, que é liderado por Hashem Safi al-Din, um bombardeio israelense matou um de seus combatentes no Líbano. Já ataques de morteiros do Hezbollah em Mount Dov, no norte de Israel, feriram quatro israelenses, dois dos quais estão em estado crítico, segundo o jornal Haaretz. A mídia libanesa também apontou a morte de dois idosos em Kfar Chouba, no sul do Líbano, após Israel realizar disparos para impedir uma infiltração terrorista.
O poderoso Hezbollah, pró-Irã, tem se limitado a bombardear posições israelenses no norte, para mostrar seu apoio ao Hamas, depois do ataque terrorista lançado pelo movimento islâmico palestino em 7 de outubro, que deixou mais de 1,3 mil mortos em território israelense. Na sexta, porém, disse estar “totalmente preparado” para se somar ao Hamas no conflito contra Israel no momento certo.
No Ar: Pampa Na Tarde