Quarta-feira, 09 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 22 de setembro de 2022
A Polícia Civil de São Paulo está investigando o médico Lucas Rolim Valoni por suspeita de lesão corporal contra um adolescente carioca de 14 anos, aluno da Escola Eliezer Max, de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, durante uma excursão à capital paulista.
Câmeras de segurança do Hotel Travel Inn, do Ibirapuera, em São Paulo, filmaram Lucas agredindo o adolescente.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito mora em Curitiba (PR) e seu depoimento será colhido por meio de carta precatória, bem como da vítima e das testemunhas que moram no Rio de Janeiro.
“Foram solicitadas as imagens do circuito interno do local. Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento dos fatos”, dizia a nota da Polícia Civil.
Lucas Rolim Valoni, de 27 anos, é morador de Curitiba, no Paraná, onde atua como médico residente do 3° ano de Cirurgia Geral no Hospital Universitário Cajuru (HUC), localizado no bairro Cristo Rei. Ele é formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Segundo os responsáveis pelo hotel Travel Inn, Lucas é um morador fixo do estabelecimento, tendo alugado um dos quartos diretamente com o proprietário do flat. Contudo, a direção do hotel informou que ele está impedido de retornar à unidade até que o caso seja esclarecido.
Relembre o caso
As agressões aconteceram na noite de terça-feira (20), no 10° andar do Hotel Travel Inn, do Ibirapuera, em São Paulo, onde Lucas foi filmado dando tapas e chineladas no adolescente.
Nas imagens, é possível ver dois jovens rindo e brincando em frente a um dos quartos do hotel. Incomodado com o barulho, Lucas abre a porta do quarto 1013 e agarra um dos meninos.
Lucas aparece descontrolado e segura o jovem pela camisa, enquanto pressiona o rapaz contra a parede. Ele consegue imobilizar o garoto com um braço, enquanto dá uma sequência de tapas no rosto e na cabeça.
Em seguida, ainda com o jovem imobilizado, Lucas pega o chinelo e volta a bater no rosto e na cabeça do jovem. Por fim, após conseguir se livrar de Lucas, o estudante recebe um último golpe na cabeça.
As agressões físicas duram cerca de 20 segundos. Em seguida, Lucas segue gritando com o jovem, obrigando que ele volte para o seu quarto.
Revolta
A mãe do garoto disse estar revoltada. Ela espera que o agressor seja preso.
“Ele espancou meu filho no corredor de um hotel que ele estava hospedado durante uma viagem. Eram crianças de 14 anos brincando, rindo no corredor, ele abriu a porta do quarto, incomodado com o barulho, e pegou o primeiro que apareceu, que era o meu filho, que na hora estava até tirando o amigo, levando para o quarto, e deu um monte de tapa na cara, chinelada na cara, chinelada no corpo, deu até um mata-leão encostando ele na parede”, contou a mãe do jovem.
“Eu quero ver esse cara responder por esses atos. Eu não vou sossegar. Ele é um maluco, um alucinado, que não pode conviver com a sociedade. Eu quero esse cara preso”, completou.
Os envolvidos
Em nota, a Escola Eliezer Max informou que assim que soube da ocorrência enviou uma diretora à São Paulo para acompanhar o caso e dar suporte ao aluno agredido.
“A escola está focada em garantir a segurança do aluno e do grupo e atua com a família para a responsabilização do agressor”, dizia um trecho da nota.
O Hotel Travel Inn também se manifestou sobre o caso e informou que deu todo o suporte para a vítima e que vem colaborando com as investigações.
“Em relação ao caso de agressão ocorrido nas dependências do hotel Travel Inn Ibirapuera, a Rede Travel Inn esclarece que tão logo foi informada da ocorrência tomou todas as providências para acolher e proteger o estudante agredido.
A gerente do hotel, se prontificou a dar todo o suporte necessário no encaminhamento e denúncia do agressor à Polícia Civil, bem como o acompanhamento com os responsáveis pelo menor em depoimento na delegacia de polícia.
Para contribuir com as investigações, após a denúncia efetivada, o hotel Travel Inn Ibirapuera apresentou as imagens das câmeras de segurança do local a polícia, além de estar colaborando com as autoridades para quaisquer outras informações, se necessárias”, dizia a nota do hotel.
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