Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Colunistas Mesmo sendo 53% dos eleitores, mulheres são minoria na política

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As eleições deste ano trazem para todos os partidos políticos um desafio adicional: cumprir a cota de candidaturas femininas definida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Embora maioria entre os 150 milhões de eleitores, somando 53%, as mulheres são minoria nos cargos de representação. Nos últimos 195 anos, a Câmara dos Deputados, por exemplo, teve 7.333 deputados, incluindo suplentes. Apesar de conquistarem o direito de serem eleitas em 1933, as mulheres ocuparam somente 266 cadeiras nestes quase 90 anos. O TSE implementou a cota mínima, aprovada pela Câmara dos Deputados, de 30% das candidaturas destinadas para mulheres. A medida surtiu algum efeito nas eleições de 2018: a bancada feminina na Câmara dos Deputados elegeu 77 mulheres na legislatura (2019-2023) – o que representa 15% das cadeiras. Na composição anterior, a bancada ocupava 51 cadeiras (10% do total). Entre as mulheres eleitas, 43 ocuparam o cargo de deputada federal pela primeira vez.

O Brasil está no fim da fila dos países com baixa representação feminina na política, ocupando a 142ª posição entre 191 nações citadas no mapa global de mulheres na política da Organização das Nações Unidas e o 9º lugar entre 11 países da América Latina em estudo da ONU Mulheres.

Denise Veberling Lorenzoni, candidata à Câmara dos Deputados?

Esta semana, ganhou espaço a notícia indicando que a esposa do deputado federal e ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, Denise Veberling Lorenzoni poderá concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio Grande do Sul. Onyx é pré-candidato ao Palácio Piratini. Denise é formada em educação física, triatleta amadora, com diversos troféus conquistados em competições no Brasil e no Exterior, atua intensamente em ações sociais, e como pregadora na Igreja Evangélica Sara Nossa Terra, ao lado do marido, com quem realiza diariamente uma live, “Milagre da Manhã” transmitida às 5h30m, tratando de temas de interesse das famílias, da relação deles com Deus. A especulação sobre a candidatura de Denise foi recebida de diversas formas dentro do PL – partido ao qual ele deverá se filiar – e junto a possíveis aliados. De um lado, algumas reações de preocupação de candidatos, aventando eventuais privilégios que Denise teria na campanha, por estar ao lado do candidato ao governo. De outro lado, as reações de apoio à ideia, em maior número. Denise, para os apoiadores da ideia, resolveria dois problemas do partido: ajudaria a preencher a cota de mulheres, e ao mesmo tempo poderia evitar a dispersão dos votos de Onyx Lorenzoni, que não concorrerá à Câmara dos Deputados.

A legislação é implacável: para a Câmara dos Deputados, os partidos terão de lançar 10 candidatas dentro do limite de 32, no caso do Rio Grande do Sul. E, caso não cumpram a cota, para cada candidata feminina não apresentada, perderão a indicação de três candidatos homens.

Onyx: “a decisão será dela”

Ontem, o ministro conversou com o colunista pelo telefone, e comentou o fato:

“Essa questão – a possível candidatura da esposa à Câmara dos Deputados – por ora não passa de mera especulação. Ela é quem vai decidir. Mas eu tenho certeza que a Denise terá muito a oferecer na área social, onde já realiza um trabalho intenso, somado à atuação como pregadora da Igreja. E, candidata ou não, eleita ou não, sua contribuição será muito grande, caso tenhamos essa nova missão no Rio Grande do Sul. Mas, repito: ela é quem vai decidir, aguardando um sinal, e o momento certo para escolher qual o melhor caminho a ser tomado”.

Com José Ivo Sartori, experiência foi positiva

O ex-governador José Ivo Sartori vivenciou situação semelhante na eleição de 2014, quando sua esposa Maria Helena concorreu a deputada estadual. Passada a fase inicial de desconfiança, os aliados aplaudiram o fato de que Maria Helena, além de somar votos para a legenda, tornou-se uma secretária operosa no governo do estado, ao ser designada para chefiar o Gabinete de Políticas Sociais e após, a secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos.

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