Sexta-feira, 20 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de julho de 2022
Na esteira das medidas de estímulo à economia com aumento de gastos e corte de tributos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai anunciar nesta quinta-feira (14), uma elevação da previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 de 1,5% para cerca de 2%.
Segundo um interlocutor da área econômica, a nova projeção oficial se deve a um movimento de melhora que tem sido observado. A atividade está mais aquecida, o que deve levar a uma arrecadação cada vez mais forte, e a economia sentirá com mais vigor os efeitos das medidas de estímulo adotadas pelo governo.
O anúncio será feito com a aprovação pelo Congresso da proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia e aumenta os gastos do governo com benefícios sociais, entre eles, o Auxílio Brasil. Essas medidas vão injetar R$ 41,2 bilhões até o final do ano na economia, dinheiro que vai diretamente para o consumo das famílias.
O governo já tinha antecipado o 13º para os aposentados e pensionados do INSS e concedido um saque extraordinário de até R$ 1 mil para o trabalhador com conta no FGTS, além de reduzido tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A revisão do PIB pelo Ministério da Economia está em linha com outras instituições financeiras que também estão elevando as suas previsões de crescimento em 2022, mas reduzindo a estimativa para 2023. É o caso do BTG, que subiu de 1,5% para 1,9% e para 2023 de 0,5% para 0,3%, por causa de uma política monetária mais restritiva ao longo do próximo ano e esperado desaquecimento da economia global.
Outro fator que anima a equipe econômica do governo é a leve melhora das previsões do mercado. Segundo a última pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central após colher informações com as principais instituições financeiras, a projeção de crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a subir, de 1,51% para 1,59%.
Guedes fará nesta quinta abertura da coletiva virtual de imprensa que apresentará a grade de parâmetros macroeconômicos, que inclui estimativas do PIB e também da inflação feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
Na entrevista, o ministro da Economia vai buscar passar um panorama de que os gastos com a PEC serão transitórios e que não há descontrole das contas públicas. O mercado financeiro não vê dessa forma, porém, e coloca nos preços dos ativos o aumento do risco para as contas públicas.
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