Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home Brasil Mulher que pedia 50 mil reais para não divulgar fotos íntimas de homem na internet é presa em Santa Catarina

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A Polícia Civil prendeu uma mulher por extorsão após fazer ameaças de divulgar fotos íntimas de um homem com quem manteve um relacionamento pela internet. A prisão preventiva ocorreu na casa da suspeita, na localidade Rio Perimbó, em Ituporanga, no Vale do Itajaí. O celular da investigada também foi apreendido. Segundo as investigações, ela pedia R$ 50 mil para não tornar públicas as imagens.

A investigação começou no início de julho. A vítima procurou a Delegacia de Polícia Civil de Apiúna, que fica na mesma região, para relatar que tinha teria trocado algumas fotografias.

Durante o relacionamento, a investigada passou a solicitar valores para fazer uma cirurgia e diante da negativa passou a exigir dinheiro da vítima, caso contrário iria divulgar as conversas íntimas e fez outras ameaças.

Durante a investigação, a polícia identificou que a suspeita havia praticado o mesmo tipo de crime contra outra vítima em maio, exigindo da vítima o valor de R$ 200 mil para que não procurasse a delegacia de polícia.

A mulher foi encaminhada até a Unidade Prisional Avançada de Ituporanga.

Sextorsão

Você sabe o que é sextorsão? É a ameaça de se divulgar imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo — ou por vingança, ou humilhação ou para extorsão financeira. É uma forma de violência grave, que pode levar a consequências extremas como o suicídio — como aconteceu em casos recentes no Rio Grande do Sul e no Piauí que tiveram grande repercussão no Brasil.

As vítimas podem compartilhar uma imagem por um impulso, ou podem ter tido um relacionamento com essa pessoa, ou talvez elas acreditam que o agressor já tem alguma imagem íntima delas porque ele insiste que tem. Eles atacam na dúvida.

Além disso, adolescentes acreditam que estão conversando com outros adolescentes — nos casos pesquisados nos EUA, 40% dos abusadores mentem sobre a idade.

Os casos de sextorsão podem começar de diferentes formas:

— Alguém finge ter posse de conteúdos íntimos como forma de iniciar as conversas e as ameaças;
— Como desdobramento de conversas sexuais, experimentações e exposição voluntária em um suposto relacionamento online;
— Cobrança de valores após conversa sexual com mútua exposição;
— Ameaças por ciúmes ou chantagem em relacionamentos abusivos;
— Invasão de contas e dispositivos para roubar conteúdos íntimos;
— Falsas ofertas de emprego e agências de modelos com pedido de fotos e vídeos íntimos;
— Falsos grupos de autoajuda ou falsos grupos de vítimas que pedem conteúdos íntimos.

Quando uma foto é compartilhada, as vítimas são ameaçadas para enviarem mais fotos, ou para participarem de um encontro sexual real, ao vivo, em troca de não terem suas imagens íntimas expostas.

As ameaças dos abusadores podem incluir postar as imagens íntimas online, compartilhá-las com professores escola, amigos e familiares. Também podem ameaçar matar a família da vítima, seus bichos de estimação ou cometer um ato público violento.

Esse ciclo de abuso pode durar anos. E pode contribuir para levar ao suicídio da vítima.

Canadá

Fora do Brasil, a canadense Amanda Todd foi uma das primeiras vítimas, em um caso de grande repercussão. Quando tinha 13 anos, em 2010, ela usava chats em vídeo para conversar com outros adolescentes. Ela ficou amiga de um que pediu que ela mostrasse os seios para a câmera. Ela fez aquilo por impulso e não sabia que ele havia tirado uma foto.

Pouco tempo depois, a pessoa enviou a ela uma mensagem no Facebook dizendo que, se ela não mostrasse mais, ele iria postar a foto para outras pessoas. Quando ela não fez o que ele pediu, ele enviou a foto para todos os seus amigos no Facebook.

Ela foi ridicularizada e precisou mudar de escola. Se tornou ansiosa e depressiva. Se tornou alvo de provocações e assédio dos colegas. Em um pedido de ajuda, Amanda contou sua história em um tocante vídeo de nove minutos em setembro de 2012. “Eu não tenho ninguém”, ela disse. “Eu preciso de alguém.” Um mês depois, ela comeceu suicídio.

Em pesquisa com 1.631 jovens feita nos EUA pela Thorn em parceria com o New Hampshire Crimes Against Children Research Center, 1 em cada 3 vítimas de Sextorsão dizem que não procuram ajuda porque têm vergonha e 45% dos agressores concretizam suas ameaças.

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