Quarta-feira, 15 de Maio de 2024

Home Cláudio Humberto Na Câmara, lobistas tentam até designar relatores

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Ao assumir na Câmara a presidência da Comissão de Previdência, Infância, Adolescência e Família, esta semana, o deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) percebeu em instantes que enfrentaria um jogo pesado, sem limites e sem pudor. Já no primeiro dia, após a sessão, foi abordado por duas lobistas da Caixa pressionando-o a designar relatores por elas indicados para projetos de seu “interesse”. Espantado com a ousadia, o deputado pediu que enviassem aquilo por escrito. Recebeu sem demora.

Onze ‘prioridades’

Na lista das lobistas havia onze projetos e apenas duas deputadas para relatá-los: Ana Paula Lima (SC) e Benedita da Silva (RJ), ambas do PT.

Temas sensíveis

Os projetos que as lobistas queriam controlar versam sobre anistia a entidades filantrópicas, previdência complementar, loteria, FGTS etc.

Relatoras de confiança

A petista catarinense, a preferida no esquema, foi indicada pelas lobistas para relatar sete projetos e a carioca as quatro propostas restantes.

Relatora para desfigurar

Elas indicaram a petista Benedita relatora do projeto de Kim Kataguiri (UB-SP), inimigo do PT, criando Programa de Responsabilidade Social.

Malandro, Lula submete lista a ministros do STF

Lula aprendeu com os erros do passado, incluindo o passado recente, de Jair Bolsonaro. Malandro, ele fez chegar aos atuais ministros Supremo Tribunal Federal (STF) uma lista de opções para a vaga de Ricardo Lewandowski na Corte. Puro fingimento: é ele quem vai decidir e não costuma abrir mão dessa prerrogativa, mas fez um gesto político. Na lista estão nomes como os ministros do STJ Benedito Gonçalves e Luís Felipe Salomão e do seu próprio advogado, Cristiano Zanin.

Dois coelhos

Os dois ministros têm uma vantagem importante, na disputa pela vaga no STF: a nomeação também abre preciosa vaga no STJ.

Apenas figuração

Além dos ministros do STJ, políticos próximos a Lula foram incluídos na relação, como Flávio Dino (Justiça) e Alexandre Padilha (Articulação).

Efeito dominó

A indicação de membros de tribunais superiores ou federais pode criar uma sucessão de vagas abertas no Judiciário.

São uns artistas

Como era de se esperar, suas excelências os deputados federais esticaram o feriadão da Sexta-Feira Santa, que já cai em um dia que não tem sessão em Brasília. A semana toda vai ser de folga para os nobres.

Herança maldita

Ricardo Lewandowski deixou como herança a mutilação da Lei das Estatais e liberou geral para políticos assumirem as empresas. A decisão do ministro foi tomada uma semana antes de anunciar a aposentadoria.

Flexível e complicado

Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) descreveu o arcabouço fiscal de Fernando Haddad (Fazenda) como “mais flexível que o teto de hoje” e acredita que vai depender muito das “negociações”.

Inflação

Um dos pontos que segura a queda na taxa de juros é a inflação no grupo de alimentos e bebidas, que está próxima dos 10%. O Banco Central espera o índice mais baixo, entre 3% e 4%, para iniciar a queda.

Pacheco articula

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco sinalizou a Lula que pretende tirar o projeto que mutila a Lei das Estatais da gaveta. Mas ele deixou claro que, da forma como está, a proposta não passa pelos senadores.

Só tem uma explicação

Ambientalistas entraram em pânico e insistem na retratação da nota ‘A-’ atribuída à JBS dos irmãos Batista pela influente ONG britânica “verde” CDP. Acusam a JBS de desmatar Amazônia e o cerrado no Brasil.

Alvo misterioso

Segundo documentos públicos nos EUA, a Archewell, ONG do príncipe Harry e Meghan Markle, recebeu US$13 milhões em doações, apenas em 2021… dos quais US$10 milhões vieram de um único doador.

Marcha, 59

Saudosistas irão recordar neste domingo (2) os 59 anos da célebre Marcha da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, manifestação de apoio ao regime militar com número recorde de participantes.

Pensando bem…

…cortar despesas que não existem para alegar lucro é outro nível de “contabilidade criativa”.

PODER SEM PUDOR

Mentir é preciso

Logo após propor um “choque de capitalismo” no Brasil, em discurso redigido por Jorge Serpa sob encomenda de Roberto Marinho, o candidato tucano a presidente em 1989 Mário Covas foi a uma reunião com 21 capitães da indústria paulista para tentar obter apoio e doações. Falando de improviso, ele atacou duramente a Zona Franca de Manaus. Um dos presentes, empresário da área, segredou ao então deputado José Serra: “Sinceridade, assim, não é possível! Ele tem que mentir um pouco…” Covas acabou derrotado.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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