Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Home em foco “Não estamos com medo”: chanceler de Taiwan diz que a ilha enfrentará a China

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A ameaça da China a Taiwan é “mais séria do que nunca”, mas a ilha permanecerá firme para proteger sua liberdade e democracia, inclusive acolhendo aqueles que apoiam o país, disse o chanceler de Taiwan, Joseph Wu, em entrevista à CNN na segunda-feira (8).

A mensagem desafiadora de Wu veio quando a China disse que deu continuação aos exercícios militares em torno da ilha autônoma, depois de uma demonstração de força de quatro dias após a viagem da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a capital Taipé na semana passada.

“A China sempre ameaça Taiwan há anos e isto está ficando mais sério nos últimos anos”, disse Wu. “Quer a presidente da Câmara, Pelosi, visite Taiwan ou não, a ameaça militar chinesa contra Taiwan sempre existiu e é com esse fato que precisamos lidar”.

Receber amigos estrangeiros na ilha foi uma parte fundamental da estratégia de Taiwan para combater as tentativas da China de isolá-lo da comunidade internacional, independentemente da potencial reação de Pequim, disse Wu.

“[A China] não pode ditar a Taiwan que não devemos receber ninguém que queira vir e mostrar apoio a Taiwan”, disse Wu, que atua como ministro das Relações Exteriores de ilha desde 2018.

A viagem de Pelosi a Taiwan – a primeira de um presidente da Câmara em exercício à ilha em 25 anos – foi veementemente contestada pelo Partido Comunista da China, que vê Taiwan como seu território, apesar de nunca tê-lo controlado.

Após a visita de Pelosi, Pequim aumentou a pressão sobre Taiwan, inclusive por meio de penalidades econômicas, lançamento de mísseis sobre a ilha pela primeira vez e exercícios que Taipé disse que pretendiam “simular” um ataque contra sua ilha principal e sua marinha.

Embora esses exercícios fossem originalmente esperados para terminar no domingo (7), eles continuaram em torno de Taiwan nesta segunda-feira (8), de acordo com um anúncio dos militares da China.

Mas, a medida que os exercícios de tiro real aumentaram os temores globais de um possível conflito militar, o clima em Taiwan permaneceu calmo e a vida seguiu como de costume, com restaurantes e transporte público lotados.

Para Wu, a ameaça tornou ainda mais importante que Taiwan continue construindo suas relações internacionais e mostre que não tem medo.

“Eu me preocupo que a China possa realmente lançar uma guerra contra Taiwan”, disse ele. “Mas o que está fazendo agora é tentar nos assustar e a melhor maneira de lidar com isso [é] mostrar à China que não estamos com medo”.

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