Sábado, 18 de Maio de 2024

Home em foco “Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições”, diz Lula

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Durante comício neste sábado (17) em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que as Forças Armadas devem ser tratadas com respeito e não devem se meter nas eleições. Para o petista, a fiscalização de urnas é uma atribuição das Justiça Eleitoral.

“Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições”, disse Lula durante comício no centro da capital paranaense. “É preciso que alguns de lá tratem a sociedade civil com respeito, que nós sabemos cuidar de nós e não precisamos ser tutelados.”

Papel nobre

Lula afirmou que o papel das Forças é cuidar da soberania nacional contra inimigos externos e proteger as fronteiras do país.

“As Forças Armadas brasileiras vão voltar a ter um papel nobre, que está definido na nossa Constituição. As Forças Armadas não tinham que estar preocupadas em fiscalizar urna. Quem tem obrigação de fiscalizar é a Justiça Eleitoral.”

Diversidade

No mesmo discurso, Lula fez referência à população LGBTQIA+, às mulheres e aos negros. Ao longo da fala, o presidente condenou a violência contra a mulher, ao recordar a criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, e falou sobre o recente caso de racismo envolvendo o jogador Vini Jr., do Real Madrid.

“Nós precisamos ter certeza que o preconceito é uma coisa nojenta, é uma doença. Cada um de nós se veste como quer, cada um de nós dança como quer, cada um de nós cuida do seu corpo como quer, porque afinal de contas o nosso corpo quer liberdade”, disse Lula.

Segurança em comício

Quase três anos após deixar a cela da Superintendência da Polícia Federal, onde passou 580 dias preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou neste sábado (17) a Curitiba para um comício da sua campanha presidencial em meio a um clima de preocupação dos organizadores do evento.

Apesar de o apoio ostensivo à Lava-Jato não ser mais tão visível nas ruas da capital paranaense, o histórico de hostilidades ao PT faz que o ato fosse marcado pelo excesso de cuidados por parte dos simpatizantes do partido. Na época em que a Polícia Federal rotineiramente acordava acusados de corrupção com operações, adesivos com a frase “Eu apoio a Lava-Jato” eram comuns nos carros da “República de Curitiba”, alcunha legada pela força-tarefa à cidade. Atualmente, não são mais vistos.

Uma das lideranças do movimento Curitiba Contra Corrupção, a historiadora Narli Resende admitiu que o entusiasmo com a operação diminuiu. Ela diz que “as decisões das altas Cortes provocaram um sentimento de que os poderosos sempre conseguem o que querem”. Figura carimbada em manifestações de apoio à Lava-Jato durante depoimentos de investigados importantes, a historiadora resolveu se manifestar exclusivamente pela internet durante a passagem de Lula por Curitiba para, segundo suas palavras, “evitar o aumento da polarização”.

As preocupações com o ato fizeram com que a direção estadual do PT se reunisse com a Secretaria de Segurança Pública para pressionar a Polícia Militar a dar atenção especial ao comício. O pedido era que a corporação se comprometesse a evitar a aproximação de bolsonaristas que quisessem provocar os apoiadores de Lula.

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