Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco “Nenhum país vai superar a pandemia com doses de reforço”, diz a Organização Mundial da Saúde

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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira (22) contra a ilusão de que é possível superar a pandemia de covid-19 ao administrar doses de reforço.

“Nenhum país poderá superar a pandemia com vacinações de reforço e estas não representam um sinal verde para celebrar como havíamos previsto”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus em entrevista coletiva em Genebra, poucos dias antes do Natal.

“Esses programas de reforço indiscriminados inclusive poderiam prolongar a pandemia em vez de acabar com ela, ao desviar as doses disponíveis para países com altas taxas de vacinação, fornecendo ao vírus mais possibilidades de se propagar e sofrer mutações”, afirmou o doutor Tedros.

“É importante lembrar que a grande maioria das hospitalizações e mortes é de pessoas não vacinadas, as quais não receberam uma dose de reforço”, insistiu, acrescentando: “e devemos ter muito claro” que “as vacinas (atuais) são eficazes tanto contra a variante delta como contra a ômicron”.

De acordo com o comitê de especialistas em políticas de imunização da OMS (SAGE), ao menos 126 países já deram instruções para injetar uma dose de reforço e 120 deles já começaram as campanhas neste sentido.

São, em sua maioria, países ricos ou de média renda, mas “nenhum país pobre desenvolveu ainda um programa de reforço”, afirmou o SAGE em um comunicado nesta quarta-feira.

“Os esforços de imunização devem continuar se concentrando na redução das mortes e dos casos mais graves e na proteção do sistema sanitário”, destacou o SAGE em suas conclusões.
“As medidas de saúde pública e sociais continuam sendo um componente essencial na estratégia de prevenção da covid-19, em particular no que diz respeito à variante ômicron”, insistem estes especialistas.

Durante a coletiva, a doutora Maria Van Kerkhove, encarregada da gestão da pandemia na OMS, pediu prudência e insistiu na responsabilidade pessoal para evitar que o vírus continue circulando, embora tenha admitido que é difícil.

Hospitalizações

Um novo estudo estudo sul-africano sugere que a variante ômicron é menos agressiva do que a delta. De acordo com os pesquisadores, as chances de uma pessoa infectada pela ômicron ser hospitalizada é 70% menor em comparação com a infecção por delta. Se comparada com as demais cepas, o percentual cresce para 80%.

O estudo liderado por pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), foi publicado na plataforma Medrxiv como pré-print, ou seja, ainda aguarda revisão dos pares, na terça-feira (21).

“Na África do Sul, esta é a epidemiologia: a ômicron está se comportando de uma forma menos severa”, disse a professora Cheryl Cohen, do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), uma das autoras do novo estudo à Reuters.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após acompanhar a evolução dos 161.328 casos de Covid registrados na África do Sul entre 1° de outubro e 6 de dezembro deste ano.

A baixa severidade da ômicron, segundo o estudo, pode estar relacionada ao avanço da vacinação na população, fazendo com que as pessoas que foram infectadas pela nova variante não desenvolvam sintomas graves.

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