Quinta-feira, 03 de Julho de 2025

Home Mundo Nos Estados Unidos, ativista antiaborto é preso após escalar prédio de 61 andares sem equipamento

Compartilhe esta notícia:

Um ativista antiaborto foi preso nos Estados Unidos após escalar um prédio de 61 andares, sem usar equipamentos de segurança, na cidade de São Francisco, na Califórnia, na manhã desta terça-feira (3).

O alpinista urbano foi identificado como sendo o dono do perfil no Instagram Pro-Life Spiderman (Homem-aranha pró-vida), que diz se chamar Maison Des Champs. O homem diz em seu site ter começado a escalar arranha-céus para chamar para a causa.

A prisão do homem veio um dia após o vazamento da decisão do juiz da Suprema Corte Samuel Alito, que pode reverter sentença de 1973 que garantiu às mulheres de todo o país o direito de interromper a gravidez.

Alertados por pedestres, bombeiros e policiais se dirigiam à Torre Salesforce, que tem cerca de 326 metros de altura.

Policiais afirmaram ao canal de televisão ABC terem tentado fazer contato com o homem, mas não obtiveram sucesso. No entorno do prédio, ruas foram fechadas e pedestres foram avisados a manterem distância. O homem acabou detido pelos policiais ao atingir o topo do edifício.

Roe contra Wade

Na última segunda (2), o site Político obteve uma versão inicial, ainda não divulgada oficialmente, de um rascunho de relatório mostrando que os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos votaram, de maneira reservada, para derrubar a decisão da década de 1970 que garante o acesso ao aborto.

A decisão é até hoje conhecida como “Roe contra Wade”, na qual, em 22 de janeiro de 1973, a Suprema Corte dos Estados Unidos estabeleceu que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto.

Em uma ação movida três anos antes em um tribunal do Texas, Jane Roe, pseudônimo de Norma McCorvey, uma mãe solteira grávida pela terceira vez, atacou a constitucionalidade da lei do Texas que tornava o aborto um crime.

A mais alta jurisdição do país assumiu a questão meses depois, por um recurso de Jane Roe contra o promotor de Dallas, Henry Wade, mas também por outro de um médico e de um casal sem filhos que queria poder praticar, ou se submeter, a uma interrupção voluntária da gravidez legalmente.

Depois de ouvir as partes duas vezes, a Suprema Corte esperou a eleição presidencial de novembro de 1972 e a reeleição do republicano Richard Nixon para emitir sua decisão, por sete votos a dois.

Reconhecendo a “natureza sensível e emocional do debate sobre o aborto, os pontos de vista rigorosamente opostos, inclusive entre os médicos, e as convicções profundas e absolutas que a questão inspira”, a alta corte acabou derrubando as leis do Texas sobre aborto.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Aborto nos Estados Unidos: Estados americanos divergem quanto ao direito de mulheres ao procedimento
Alemanha já recebeu mais de 400 mil refugiados ucranianos
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Tarde