Domingo, 05 de Maio de 2024

Home Brasil O Senado vem sendo visto por parte da oposição como o local mais adequado para o avanço do bolsonarismo nas futuras eleições

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O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), relatou uma conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, em suas palavras, foi “mais ríspida”. O tema foi exatamente a relação do Legislativo com o Supremo Tribunal Federal (STF). O PL de Portinho – partido do ex-presidente Jair Bolsonaro – é, naturalmente, a principal legenda de oposição ao governo Lula e um agrupamento político que não poupa de críticas recorrentes decisões e condutas dos ministros do STF. Na opinião de Portinho, por exemplo, a Corte promove ações de censura contra a direita do País.

“Eu chamei até a atenção numa conversa mais ríspida que tivemos na última reunião de líderes, porque ele é o presidente do Congresso. Cabe a ele, até por ser um jurista e uma pessoa moderada de fato, conduzir, liderar essa discussão. Eu disse a ele: ‘coloque os 11 ministros do STF, convide para um almoço na sua casa, e convide todas as lideranças’. A gente tem que sentar à mesa. E o presidente Pacheco me perguntou, ‘mas você vai propor o quê?’. Eu falei que não sou o senhor da razão”, disse o líder do PL.

Segundo Portinho, é preciso “abrir o diálogo”. “Do jeito que está não está bom. Não está bom para a democracia, não está bom para o País e está gerando muita instabilidade política”, afirmou o senador.

Suplente

Portinho é advogado e tem 50 anos. Assumiu mandato na Casa Alta do Congresso em 2020 após Arolde de Oliveira (PSD-RJ), de quem era suplente, morrer por complicações do coronavírus. Foi líder do governo Bolsonaro em 2022, nos últimos meses da gestão.

Semana passada, os senadores aprovaram proposta que criminaliza o porte de drogas, em mais uma reação da Casa ao Supremo. A Corte analisa processo sobre o tema com entendimento contrário ao texto votado pelos senadores. Em outras frentes hostis ao tribunal, o presidente da Casa é defensor da criação de mandatos para ministros da Corte e da limitação de decisões individuais dos magistrados.

O favorito para suceder a Pacheco a partir de fevereiro do ano que vem, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já mandou recado aos magistrados. Avisou que, se o STF não der “um passo atrás”, a situação pode chegar até mesmo à abertura de impeachment contra algum magistrado.

Aliados de Bolsonaro estarão alinhados a essas pautas, se apoiando nos movimentos do ex-presidente: “Esse é o papel do Bolsonaro, exercer sua liderança. E tem feito isso muito bem, viajando pelo País. ”, disse Portinho. O Senado vem sendo visto por parte da oposição como o local mais adequado para o avanço do bolsonarismo nas futuras eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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