Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de novembro de 2022
Três pessoas morreram neste sábado (19) após a polícia abrir fogo contra manifestantes em um protesto que pedia o fim do regime islâmico no Irã.
Desde o início das manifestações no Irã, em setembro cerca de 380 pessoas morreram, incluindo pelo menos 47 crianças, segundo a Iran Human Rights Watch, organização que monitora as manifestações.
O país vive a maior onda de protestos de sua história, que eclodiram em reação ao caso da jovem curda Mahsa Amini, de 22 anos, que apareceu morta após ser presa pela chamada polícia dos bons costumes do país por “uso inadequado” do véu islâmico, obrigatório no Irã.
As reivindicações, contra a repressão às mulheres, rapidamente se tornaram o maior movimento para desafiar a República Islâmica desde a sua proclamação em 1979.
Em um protesto neste sábado em Divandarreh, no Curdistão, três civis morreram após a polícia abrir fogo contra os manifestantes, segundo a Organização Não Governamental (ONG) Hengaw, que também monitora a repressão policial aos atos.
O governo não confirmou as mortes.
Desde o começo dos protestos, o governo vem respondendo com forte repressão às manifestações. Entre os 380 mortos, 47 eram crianças, segundo disse o diretor da Iran Human Rights Watch, Mahmood Amiry-Moghadda, à agência de notícias France Presse.
Corpo roubado
A Hengaw acusou ainda a Guarda Revolucionária do Irã – como é chamada a polícia do país – de roubar o corpo de um manifestante que havia sido levado a um hospital.
Nas últimas semanas, os funerais dos manifestantes motivaram novos protestos, em aberto desafio ao poder. Para dissuadir os atos, as forças de segurança não entregam os corpos aos parentes das vítimas familiares e os enterram em locais desconhecidos, denunciam os ativistas.
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