Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024

Home em foco Partido de Pablo Marçal convidou Bolsonaro para dirigir a legenda

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O ex-presidente Jair Bolsonaro está proibido pelo Supremo Tribunal Federal de manter contato com o presidente do PL, Valdermar Costa Neto, em função das investigações em torno de um grupo que teria tentado uma ruptura institucional no país. Os dois se mantiveram distantes fisicamente, o que também serviu para testar a fidelidade política durante as eleições municipais.

Prova disso foi a tentativa do partido de Pablo Marçal, o PRTB, de atrair Bolsonaro. O ex-presidente foi convidado para ocupar um posto de direção na legenda, mas recusou. No início do ano, ele teve duas reuniões com a cúpula do PRTB em São Paulo, mas, ao ser sondado sobre a possibilidade, justificou que tinha compromisso com o PL.

Participaram dessas reuniões de aproximação a advogada do ex-presidente, Karina Kufa, o então presidente do PRTB em São Paulo, Joaquim Pereira de Paulo Neto, e a então consultora jurídica do partido, a advogada Patrícia Reitter.

Bolsonaro recusou o convite e reforçou o compromisso com o PL. Karina confirma que Bolsonaro recebeu o convite do presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche.

“Avalanche ofereceu o partido e Bolsonaro agradeceu, dizendo que não poderia sair do PL porque o Valdemar teria recebido ele muito bem”, informou Karina.

Patrícia Reitter, que também participou de uma das reuniões do PRTB com Bolsonaro, diz que as negociações chegaram a avançar em um determinado instante. “A gente estruturou uma equipe de tecnologia, que criou um aplicativo para monitorar o partido no Brasil todo e elaboramos um projeto para o Bolsonaro, no qual ele ficaria perto de cada município, de cada presidente”, detalhou a advogada.

Bolsonaro, porém, se afastou das negociações quando o PRTB iniciou as tratativas com o ex-coach Pablo Marçal. O partido também já havia sido acusado de envolvimento com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. Joaquim e Patrícia afirmam que isso também estimulou o ex-presidente a recusar a proposta.

Tensão

Desde o período de campanha nas eleições municipais deste ano, o ex-coach e o ex-presidente abriram fogo, um contra o outro, em declarações. Após o empresário anunciar a intenção de concorrer para presidente em 2026, Bolsonaro tem feito críticas sistemáticas ao possível adversário político.

O ex-coach alegou ainda que o problema de Bolsonaro não seria com ele, mas com o Supremo Tribunal Federal (STF), e que estaria “torcendo” por um resultado favorável. Bolsonaro também almeja retornar ao posto, apesar de estar inelegível pela Justiça Eleitoral neste momento.

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