Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025

Home em foco Polícia Federal investiga participação de ex-ministro de Bolsonaro em episódios que antecederam a invasão às sedes dos Três Poderes

Compartilhe esta notícia:

Um dos principais conselheiros do ex-presidente Jair Bolsonaro após a derrota eleitoral, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres se tornou peça-chave das apurações da Polícia Federal (PF) sobre os responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. De ações para atrapalhar o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno à “minuta golpista” encontrada em sua casa, um emaranhado de indícios o coloca como elemento central de uma suposta trama conspiratória para tentar melar o resultado das eleições.

Paralelamente, a Polícia Rodoviária Federal discute reabrir investigações internas sobre as blitzes montadas no dia da eleição que deu a vitória ao presidente Lula. Na ocasião, o foco da corporação, então subordinada a Torres, foram sobretudo rodovias do Nordeste, onde o PT havia conquistado larga vantagem no primeiro turno. As apurações internas foram arquivadas pelo ex-corregedor-geral da PRF, Wendel Benevides Matos, exonerado na última semana passada.

Já foram levantados indícios de “atipicidade” nas operações realizadas em Alagoas, Sergipe e Maranhão, assim como Pará e Santa Catarina. Por enquanto, a PF identificou um “boletim de inteligência” produzido por uma assessora de Torres detalhando os lugares onde Lula foi mais votado no primeiro turno. A assessora, a ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça Marília Alencar, tem depoimento marcado para a semana que vem para explicar de quem partiu a ordem e o que motivou o levantamento.

Além disso, os investigadores buscam detalhes sobre uma viagem de Torres à Bahia para cobrar empenho do então superintendente da PF no estado, Leandro Almada, na ação eleitoral, às vésperas do segundo turno.

O outro flanco em que as investigações tentam avançar diz respeito à minuta com timbre do governo encontrada na casa de Torres, cujo texto apócrifo “decretava” o “Estado de Defesa” no TSE. Em depoimento, o ex-ministro disse que o documento lhe foi remetido por uma secretária. À PF, no entanto, ela disse que não entregou nada. Uma perícia identificou três digitais: do próprio Torres, de uma advogada e um delegado. Os dois últimos manusearam o arquivo no dia da apreensão.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Catálogo de cavernas do território brasileiro ganhou quase 800 novos registros em 2022
Torcedores do Santos invadem espaço destinado aos gremistas no intervalo de partida na Serra
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Show de Notícias