Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025

Home Porto Alegre Porto Alegre é vice-líder no ranking de capitais brasileiras com maior renda média por habitante

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Um novo estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) classifica Porto Alegre em segundo lugar no ranking das capitais brasileiras com maior renda média por habitante: R$ 3.775, valor muito próximo dos R$ 3.736 de Vitória (ES), terceira colocada. No topo aparece Florianópolis (SC), com R$ 4.215.

Denominada “Mapa da Riqueza no Brasil”, a pesquisa foi conduzida pela equipe do economista Marcelo Neri e apresenta dados atualizados para 2023. Conforme essa estatística, a unidade federativa com maior renda média (R$ 3.148) por habitante é o Distrito Federal, que também possui o maior patrimônio médio (R$ 94.864).

Em seguida aparece o Estado de São Paulo, com uma renda média de R$ 2.063 e patrimônio médio de R$ 90.776. Na terceira posição vem Rio de Janeiro, com patrimônio médio de R$ 63.128 (e sexto lugar em renda, com R$ 1.754).

Em relação às cidades de um modo geral (capitais ou não), o destaque vai para metrópoles localizadas em regiões metropolitanas de grandes capitais. A exceção é Santos, no Litoral paulista, com renda média de R$ 3.783. Em comum, aspectos como o fato de serem municípios com grandes condomínios de luxo.

No topo aparece a cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), com uma renda média de R$ 8.897. Santana do Parnaíba e São Caetano do Sul, ambas na Grande São Paulo, têm renda média de R$ 5.791 e R$ 4.698, respectivamente, ao passo que Niterói (RJ) possui renda de R$ 4.192.

O Estado com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão, com R$ 6,3 mil. Para fins de comparação, a unidade federativa mais rica é o Distrito Federal, com R$ 95 mil, equivalente a 14,6 vezes a do Estado nordestino.

Mas esse valor ainda é “pouco” se comparado à região mais rica de Brasília, o bairro Lago Sul, onde o patrimônio médio é de R$ 1,4 milhão – a renda nessa área, aliás, é de R$ 23.241, três vezes superior à do município mais rico do Brasil (a já mencionada Nova Lima, com R$ 8.897).

Metodologia

Para realizar a pesquisa, a equipe utilizou a mesma metodologia empregada pelo economista francês Thomas Piketty, autor do “O Capital do Século 21”: os dados do Imposto de Renda. Em entrevista ao jornal especializado “Valor Econômico”, o coordenador Marcelo Neri salientou:

“Quando a gente inclui os dados do Imposto de Renda, consegue mensurar melhor quem está no topo da distribuição de renda no Brasil. É um ganho frente às pesquisas domiciliares, que nem sempre conseguem bom retorno em condomínios de luxo, por exemplo, ou a declaração de renda não é tão clara. Com o estudo, em alguns casos se consegue chegar ao nível de cidade e até em regiões de municípios, revelando assim onde estão as maiores riquezas no Brasil”.

Ele aponta que há correlação entre o tamanho da economia de uma região e a renda média de sua população. Entretanto, locais com melhor qualidade de vida também atraem a parcela da população de maior renda:

“A gente vê alguma coincidência entre o tamanho das economias e a renda média da população nas unidades da federação e municípios. Então, temos lideranças entre Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que subiram no ranking nos últimos anos, devido ao agronegócio. Só que a lista de locais mais ricos inclui regiões que não têm necessariamente atividade produtiva forte, mas que atraem os mais ricos pela qualidade de vida”.

(Marcello Campos)

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