Sexta-feira, 07 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 4 de fevereiro de 2022
A apresentação de um teste negativo para a entrada em Portugal deixará de ser uma exigência. É a primeira medida de combate à covid a cair neste início de relaxamento gradual das restrições.
O Conselho de Ministros aprovou na última quinta-feira (3) que será necessário somente o Certificado Digital da União Europeia para os passageiros que desembarcarem nos aeroportos ou cruzarem as fronteiras terrestres.
O fim da exigência passará a valer no dia seguinte à publicação do decreto, que prevê apenas a apresentação do “certificado em qualquer das suas modalidades ou outro comprovativo de vacinação que tenha sido reconhecido”.
Portugal não reconhece o certificado brasileiro de vacinação por falta de reciprocidade. O Ministério da Administração Interna sugeriu que esperasse pela publicação do decreto para verificar as regras.
A obrigatoriedade cai no momento em que os especialistas apontam que o país chega ao pico da nova onda da pandemia. Eles preveem a descida no número de casos, mortes e internamentos nas próximas semanas.
Para o médico Gustavo Tato Borges, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, a primeira medida que foi derrubada não fazia mais sentido.
“Portugal tem uma grande quantidade de pessoas recuperadas durante os últimos dois meses, além de uma cobertura vacinal extraordinária. É uma medida que cairá com tranquilidade, porque não faz mais sentido fazer esta vigilância apertada”, disse Borges.
O especialista informa que a transição no modo de acompanhamento da doença está sendo preparada. Segundo ele, o combate na próxima fase será semelhante ao empregado contra a gripe.
“É fato: O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge já prepara a adaptação para a covid do mecanismo de vigilância aplicado à gripe. Durante a primavera/verão, será feita a transição da vigilância pessoa a pessoa, com a obrigação de testes, para uma vigilância por amostragem”, explicou Borges.
O Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa concluiu que a covid vai passar a ser uma doença como a gripe e que a sociedade poderá ter imunidade ao vírus depois de fevereiro.
Enquanto outros países europeus anunciaram o fim imediato de algumas restrições, Portugal deverá manter um calendário mais cauteloso.
“Ainda haverá algum cuidado em fevereiro, mas no fim do mês será possível começar a aliviar. Estamos descendo a curva da incidência e a onda da ômicron está prestes a terminar. Primeiro, evitar o uso de máscara em alguns locais e depois ir levantando as restrições, sendo que as últimas serão o fim do isolamento dos contatos de risco e dos infectados. Penso que durante a primavera teremos capacidade para fazer isso”, disse Borges.
Em entrevista na tarde da última quinta, Graça Freitas, diretora geral da Saúde, informou que Portugal não deverá relaxar as medidas todas ao mesmo tempo. Mas admitiu a possibilidade de redução dos dias de isolamento para contagiados e contatos de risco. E disse que as máscaras poderão ser obrigatórias apenas em alguns meses do ano e em espaços determinados.
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