Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Home em foco Presidenciáveis preparam ofensiva para captar dinheiro para a campanha

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Pré-candidatos à Presidência preparam uma ofensiva para arrecadar recursos para turbinar a campanha, mesmo com o fundo eleitoral recorde de R$ 4,9 bilhões. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, vai lançar em seu site, nos próximos dias, um anúncio convidando apoiadores a fazer doações à legenda por meio de Pix. O PT do ex-presidente Lula também aposta em uma campanha de doação on-line e na promoção de jantares para arrecadar recursos extras. O partido também fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se pode receber contribuições por Pix.

No PL, a ideia é que o próprio Bolsonaro entre em ação e atue como “garoto propaganda” para captar dinheiro. Paralelamente, pessoas próximas ao presidente têm organizado eventos para empresários, com a presença de Bolsonaro, em busca de doadores. Aliados do titular do Palácio do Planalto têm mirado em representantes do agronegócio. Parte dos recursos também deverá irrigar as campanhas de candidatos a governador, senador e deputados da sigla.

Embora atualmente tenha a maior bancada na Câmara, com 77 deputados, o PL tem apenas a sétima maior fatia do fundo eleitoral, com R$ 283 milhões. O valor é considerado insuficiente por dirigentes da legenda para bancar todas as campanhas. Por isso, apostam nas doações de pessoas físicas. Com o provável apoio de PP e Republicanos, Bolsonaro deverá ter R$ 870 milhões à disposição para sua coligação.

Apesar de as campanhas não estarem oficialmente liberadas, o TSE permite que partidos já arrecadem e o dinheiro, a partir de agosto, seja utilizado para custear gastos dos candidatos como viagens, eventos e peças de propaganda.

Direto na conta

“Doe. Fortaleça a campanha do partido do capitão e dos pré-candidatos do PL”, diz o texto do anúncio que aparecerá em um “pop-up” no site do PL, com o QR Code para fazer o PIX.

A modalidade de arrecadação é um complemento ao uso de plataformas de crowndfunding diretamente para a campanha de Bolsonaro. As empresas de “vaquinhas virtuais” ficam com um percentual da arrecadação. Com o PIX, o dinheiro cai diretamente na conta do partido.

Há uma semana, o titular do Planalto esteve presente em um almoço com cerca de 80 representantes do agronegócio em Brasília.

Um dos participantes foi Valdinei Mauro de Souza, o Nei Garimpeiro. Ex-sócio do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, em empresas de extração de minério, ele já foi investigado por garimpo ilegal. Souza nega as acusações e também disse não ter contribuído com o caixa da campanha de Bolsonaro:

“A gente foi lá para tomar cachaça. Ninguém falou em dinheiro. O pessoal falou que, se precisar ajudar, nós ajudamos, mas ninguém deu (dinheiro).”

Organizado pelo ex-senador Cidinho Santos a partir de um grupo de WhatsApp, o almoço ocorreu na casa do empresário Fernando Castro Marques, proprietário do laboratório União Química e pré-candidato do PP ao Senado pelo Distrito Federal. Oficialmente, o encontro foi organizado para homenagear a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, pré-candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul.

“Está dentro da liberdade de cada um, e tem uma legislação em vigor que permite doações de pessoas físicas de até 10% (da renda do doador). Eu não doei nada. Agora, se alguém lá doou ou vai doar, cada um sabe da sua vida”, disse Marques.

Durante a pandemia, o empresário tentou vender no país a vacina russa Sputnik, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aceitou o registro do imunizante.

Doações por Pix

O PT só espera a confirmação do TSE para lançar uma campanha de doações para a legenda por meio do Pix. Tradicionalmente, o partido recebia recursos por meio de cartão de crédito, mas o entendimento é que o Pix facilitará as contribuições. Em seguida, haverá uma outra campanha on-line com pedidos de contribuições para a pré-candidatura de Lula.

Em outra frente, serão promovidos jantares. Os primeiros devem acontecer no mês de julho em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. As datas ainda não foram definidas, nem os valores exatos dos convites e o número de participantes. Mas a expectativa é que sejam arrecadados até R$ 400 mil em cada um desses eventos.

O PT deve receber perto de R$ 500 milhões do fundo eleitoral. A aliança com o PSB e a federação com PCdoB e PV devem garantir cerca de R$ 878 milhões à coligação de Lula. A coordenação da pré-campanha petista espera a oficialização do teto de gastos pelo TSE para definir quanto pretende gastar na disputa presidencial.

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