Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home Ciência Primeira imagem de novo telescópio da Nasa revela detalhes de estrela que explodiu no século 17

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A Nasa divulgou nesta semana a primeira imagem capturada pelo novo telescópio Imaging X-Ray Polarimetry Explorer (IXPE, na sigla em inglês), lançado em dezembro de 2021. O equipamento revelou detalhes da explosão de uma estrela que ocorreu no século 17.

Na Cassiopeia A, como a estrutura é identificada, as ondas de choque da explosão aqueceram a altas temperaturas os gases em volta da estrela, acelerando partículas de raios cósmicos que formaram uma nuvem que brilha na luz dos raios X. Outros telescópios estudaram a Cassiopeia A antes, mas o IXPE permitirá que os pesquisadores a examinem de uma nova maneira.

Na imagem divulgada, a saturação da cor rosa corresponde à intensidade da luz de raios X observada pelo IXPE. Esses dados estão sobrepostos aos coletados pelo Observatório Chandra, mostrados em azul. Os equipamentos, com diferentes categorias de detectores, capturam níveis de resolução angular ou nitidez distintas nas observações.

“A imagem da Cassiopeia A do IXPE é tão histórica quanto a imagem do Chandra do mesmo remanescente de supernova feita no final dos anos 1990. Isso demonstra o potencial do telescópio para obter informações novas e nunca vistas sobre essa estrutura, que está em análise no momento”, disse em comunicado Martin C. Weisskopf, investigador principal do IXP,  baseado no Marshall Space Flight Center da Nasa em Huntsville, Alabama.

Uma medida importante que os cientistas farão com o novo telescópio é chamada polarização, uma maneira de ver como a luz de raios X é orientada à medida que viaja pelo espaço. A polarização da luz contém pistas sobre o ambiente onde a luz se originou no espaço. Os instrumentos do IXPE também medem a energia, o tempo de chegada e a posição no céu dos raios X de fontes cósmicas.

“A imagem da Cassiopeia A do IXPE é “bellissima”, e estamos ansiosos para analisar os dados de polarimetria para aprender ainda mais sobre esse remanescente de supernova”, ressaltou Paolo Soffitta, chefe da pesquisa do IXPE no Instituto Nacional de Astrofísica (INAF) em Roma, na Itália.
Vênus

Tanbém nesta semana, a Nasa capturou as primeiras imagens da superfície de Vênus em luz visível a partir do espaço. Normalmente, o planeta é encoberto por uma espessa camada de nuvens.

As imagens inéditas permitiram montar um modelo da superfície venusiana.

Pela primeira vez, foi possível ver imagens claras e escuras distintas e os cientistas compararam essas imagens com mapas topográficos, criados com radar, para ver como as temperaturas mudam com a altitude.

Considerando que as áreas claras são mais quentes e as mais escuras, mais frias, e que elevações mais altas tendem a ser mais frias, e terras mais baixas, mais quentes, eles criaram um modelo que permitiu avaliar o relevo de Vênus.

No resultado foi possível observar, por exemplo, a localização de Aphrodite Terra, a maior região de planalto em Vênus, entre outras variações de calor.

Segundo os cientistas, entender a composição da superfície poderia ensinar sobre a evolução do planeta, atualmente inabitável, com temperaturas extremas, nuvens tóxicas e uma atmosfera esmagadora, mas que pode ter tido um passado diferente.

As outras únicas outras imagens claras da superfície de Vênus foram obtidas pelo programa Venera, da União Soviética, quando um veículo espacial pousou no planeta.

Desde então, Vênus era estudado apenas com instrumentos de infravermelho e radar que conseguem examinar através de sua densa atmosfera.

As novas imagens foram obtidas graças à Sonda Solar Parker, que apontou suas câmeras para o lado noturno de Vênus ao passar por ele em 2020 e 2021.

Essas câmeras são conhecidas como Geradoras de Imagens de Campo Largo da Sonda Solar, ou WISPR (na sigla em inglês) e foram projetadas para enxergar traços fracos no vento solar que flui do Sol.

Inicialmente, os cientistas imaginaram que poderiam usá-las apenas para ver as nuvens de Vênus durante as passagens da sonda pelo planeta. Em vez disso, viram os traços de superfícies claras e escuras através das nuvens.

A Sonda Solar Parker ainda irá passar mais uma vez por Vênus em 2024, quando deve obter mais imagens do planeta.

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