Terça-feira, 08 de Outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 24 de junho de 2022
O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a procuradora-geral da prefeitura de Registro (SP) Gabriela Samadello Monteiro de Barros a socos e pontapés, tem histórico de problemas com colegas de trabalho, sendo sempre mulheres, segundo a Polícia Civil. Após ser preso, ele afirmou em depoimento que era vítima de “assédio moral” e que isso motivou a agressão.
Segundo informações do jornal “Extra”, o delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, contou que durante a prisão Macedo se manteve tranquilo e não esboçou reação. “Ele aceitou as ordens e não precisou ser algemado. Durante todo o trajeto, ficou em silêncio”, contou.
O delegado destacou que o procurador tem um histórico de problemas com colegas de trabalho, sempre do sexo feminino, sendo que é acusado de tratá-las mal e ser “descortês e rude”. Era exatamente por isso que foi aberto um processo administrativo contra o procurador, segundo afirmou a procuradora Gabriela.
O investigador destacou, ainda, que Macedo já relatou problemas psiquiátricos no passado chegando, inclusive, a pedir exoneração da Prefeitura de Registro alegando questões de saúde mental. No entanto, ele mesmo voltou atrás e pediu judicialmente a reintegração ao cargo, o que foi aceito pela prefeitura.
Prisão
Macedo foi preso na manhã da última quinta (23) após ser achado em uma clínica psiquiátrica em Itapecerica da Serra. Ele era procurado pelos policiais desde o dia anterior e era considerado foragido.
O pedido de prisão havia sido feito pela Polícia Civil de São Paulo, alegando que o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo às vidas delas, e consequentemente, à ordem pública”.
Por enquanto, ele foi afastado do cargo e está sem receber salário por 30 dias, a contar do dia 21 de junho. A prefeitura de Registro informou que esse procedimento faz parte do processo administrativo que deve terminar com a exoneração do procurador.
Agressão
A agressão foi filmada por colegas de trabalho e mostra a violência com que o procurador ataca Gabriela, desferindo socos e chutes enquanto ela está caída no chão, na última segunda-feira (20).
Em seu depoimento, a procuradora-geral disse que “tinha medo” do agressor, pois ele apresentava um comportamento totalmente antissocial há pelos menos três anos e era hostil também com outras mulheres que trabalhavam no local, mas nunca imaginou que a situação pudesse virar um episódio de violência.
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