Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home Saúde Psiquiatra de Harvard afirma que a solidão é uma fonte de estresse

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A solidão, muitas vezes, é um problema que passa desapercebido pela sociedade. Por incrível que pareça, mesmo em um mundo cada vez mais conectado, a falta de interação pessoal tornou-se uma tendência. E isso é algo que pode interferir diretamente no bem-estar e na saúde mental das pessoas.

Foi o que revelou Robert Waldinger, psiquiatra da Universidade de Harvard e líder do Harvard Study of Adult Development, pesquisa que, desde 1938, analisa o desenvolvimento da vida humana. Segundo ele, a solidão é uma fonte de estresse e nós não fomos feitos para viver sozinhos.

Waldinger destaca que, ao permanecemos sozinhos por muito tempo, os níveis de estresse do corpo aumentam, gerando uma resposta de luta, fuga ou medo. Algo capaz de provocar inflamação crônica no organismo, elevação da pressão arterial e aceleração da frequência cardíaca.

Além disso, o estudioso também revelou que não há uma fórmula mágica para encontrar a felicidade. Mas, deixou claro que existem algumas atitudes que conseguem melhorar a saúde mental como um todo. São elas: cuidar da saúde e do próprio corpo, comer bem, fazer exercícios regulares, não abusar de drogas ou álcool, ter senso de propósito e se conectar com outras pessoas.

Para chegar a essas conclusões, o estudo de Harvard, liderado por Waldinger, utilizou informações de várias outras pesquisas, exames médicos, entrevistas e rastreamento genético, durante mais de 80 anos. E o aprendizado, até o momento, é o seguinte: quem é feliz vive mais.

Sentir-se só

Apesar de ser associada ao isolamento, a solidão pode afetar uma pessoa até mesmo quando está em casa, junto da sua família, perto dos seus amigos ou no seu local de trabalho. Há quem se sinta só mesmo quando tem companhia e a pessoa consegue percebê-lo “quando não se sente integrada, se sente rejeitada”.

Esta ‘solidão acompanhada’ é uma das muitas experiências que faz com que o indivíduo ganhe mecanismos de defesa, de proteção e não se exponha tanto aos outros. No entanto, sem perceber, acaba por levar uma vida mais centrada em objetivos individuais ou restrita a grupos, até porque a pessoa pode sentir-se só na presença apenas de determinadas pessoas ou grupos e não sempre que está acompanhada.

A pessoa pode carecer de um sentimento de pertencimento em casa junto da família, mas encontrá-lo “na família do coração, que são os amigos que escolheu.

Esse sentimento de solidão quando não se está efetivamente sozinho foi notório durante a pandemia da covid, sobretudo junto dos mais novos, que não conseguiram ter sentimentos de pertencimento e não se conseguiram identificar com quem dividiam teto.

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