Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Home em foco Rússia contratou 400 mercenários para matar presidente ucraniano

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Mais de 400 mercenários russos estão na capital da Ucrânia, Kiev, sob ordens do governo da Rússia, com o objetivo de matar o presidente Volodymyr Zelensky e tomar o controle do país. A informação foi revelada na semana passada, pelo jornal britânico Times.

De acordo com a publicação, a milícia, batizada de Wagner Group, seria dirigida por um aliado de Putin, e é considerada um braço do estado russo. Eles teriam trazido homens da África há cerca de seis semanas, ainda antes do início da ofensiva.

Além do chefe de Estado, outros alvos seriam o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, e seu irmão, Wladimir Klitschko.

O jornal também revela que governo ucraniano teria recebido as primeiras informações sobre a operação no dia 26, em meio a um toque de recolher que durou até a manhã de terça-feira (1º). No domingo (27), o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que o país iria ao Tribunal de Haia (Corte internacional de Justiça) contra a Rússia, pedindo que as tropas suspendam imediatamente o ataque militar.

O Tribunal teria, segundo a pasta, competência para ordenar medidas que podem resultar em um cessar-fogo. Os ucranianos alegam ainda que o Kremlin iniciou a ofensiva militar valendo-se de uma “mentira”. “A Rússia distorceu o conceito de genocídio e perverteu a solene obrigação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio de prevenir e punir o genocídio”, disse o comunicado, referindo-se as declarações dadas por Putin que justificaram a invasão.

O Tribunal vai marcar uma audiência para analisar o caso, mas ainda não há uma data marcada. As sentenças são vinculativas e sem apelo, mas Haia não tem meios para forçar as execuções.

Tentativa

O chefe do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov, anunciou na terça-feira (1º) que um plano para matar o presidente Volodymyr Zelensky foi descoberto e frustrado pelas forças ucranianas.

Danilov afirmou, em comunicado à imprensa local – posteriormente divulgado no Telegram pelo Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação –, que uma tropa de elite da Chechênia seria responsável pelo assassinato de Zelensky.

“Estamos bem cientes da operação especial que deveria acontecer pelos Kadyrovites para eliminar nosso presidente”, disse, referindo-se a um grupo paramilitar de elite da Chechênia.

O secretário ucraniano fez uma revelação que pode enfraquecer ainda mais a ofensiva contra a Ucrânia, comandada por Vladimir Putin, que já deu declarações dando a entender que o objetivo da operação iniciada na semana passada seria tomar o poder no país.

“As autoridades ucranianas foram avisadas sobre a trama por membros do Serviço Federal de Segurança da Rússia que não apoiam a guerra”, sustentou Danilov. O comunicado afirma que o grupo que seria responsável pelo presidente da Ucrânia foi dividido em dois, tendo um sido eliminado em Gostomel e o outro estaria ainda “sob fogo”.

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