Sexta-feira, 11 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de setembro de 2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesse sábado (2) que o Congresso Nacional terá um “papel-chave” para o sucesso da agenda econômica no segundo semestre. Para Haddad, caso os parlamentares evitem uma “pauta-bomba” ou “populismo”, o ano terminará “muito bem”.
“O Congresso tem um papel-chave nesse segundo semestre. Se o Congresso Nacional somar forças com área econômica e aprovar medidas na direção correta, e afastar pauta-bomba, populismo, afastar esses riscos até o final do ano e aprovar uma agenda consistente de trabalho, eu penso que nós vamos terminar o ano muito bem”, afirmou o ministro, em participação no evento Expert XP, em São Paulo.
Haddad ressaltou que, no primeiro semestre, o Legislativo aprovou as pautas prioritárias do governo, e agora o país estaria “colhendo os frutos”.
“Agora, a bola está com o Congresso. Como esteve no começo do ano. No começo do ano, nós passamos a bola para o Congresso (e dissemos): “precisamos de A, B, C, D e E”. Eles entregaram, e nós estamos colhendo os frutos. Agora, é uma segunda etapa, um segundo tempo do jogo. Nós estamos de novo passando a bola para o Congresso. Se os resultados legislativos vierem na direção correta, nós vamos ter um segundo semestre alvissareiro.
Entre as matérias prioritárias do governo federal no segundo semestre estão a medida provisória (MP) que muda a tributação de fundos fechados (exclusivos para alta renda) e o projeto de lei que visa cobrar no Brasil imposto sobre rendimentos de offshore (instaladas geralmente em paraísos fiscais).
Crescimento do PIB
Depois de o IBGE divulgar um crescimento acima do esperado no segundo trimestre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a alta do ano pode chegar a 3%, mesmo expectativa divulgada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
“Surpreendeu positivamente. O crescimento do PIB deve atingir a marca de 3%, estamos com uma expectativa melhor que em janeiro. A gente fica feliz que as projeções do início do ano, feitas pelo ministério, de 2%, estão sendo superadas”, afirmou.
Apesar do otimismo, Haddad reconhece que o terceiro trimestre da economia merece atenção e que o governo precisa estar preparado para soltar novas medidas, caso a economia desacelere.
“Isso não significa que podemos baixar a guarda. O terceiro trimestre é chave para as projeções. O mês de julho nos preocupou. Agosto foi melhor que julho, mas não está fechado ainda. Estamos olhando os dados do terceiro trimestre para ver quais as medidas necessárias para não deixar uma eventual desaceleração afetar dados da economia neste ano e no ano que vem.”
O ministro da Fazenda explicou que a perda de arrecadação em julho foi um problema localizado. Algumas empresas teriam recolhido menos Imposto de Renda. Mas ele não detalhou quais seriam os setores.
“Foi um problema localizado em algumas empresas que recolheram pouco imposto de renda, queremos entender o porquê”, disse.
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