Domingo, 19 de Maio de 2024

Home Mundo Seis suspeitos são presos por morte de candidato no Equador

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As seis pessoas presas, suspeitas de envolvimento na morte do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio são estrangeiros. A informação foi confirmada pelo ministro do Interior equatoriano, Juan Zapata, nesta quinta-feira (10).

Villavicencio foi atingido por tiros na cabeça. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o candidato deixando o local onde acontecia o comício. Ele é colocado em um carro por agentes de segurança. Em seguida, é possível ouvir uma série de disparos de arma de fogo.

Segundo o governo do Equador, os criminosos também usaram uma granada durante o atentado, mas o artefato não explodiu.

“Em várias incursões no setor Conocoto e no sul da cidade [de Quito], foram detidos seis indivíduos: Andrés M., José N., Adey G., Camilo R., Jules C., Jhon R., todos estrangeiros”, declarou Zapata pela manhã.

Acompanhado pelo comandante da Polícia Nacional do Equador, o ministro garantiu que dois dos detidos “foram identificados na cena do crime”. Os homens são membros de grupos criminosos organizados, disse Zapata, citando evidências preliminares.

Ameaças
Em entrevista na semana passada, Fernando Villavicencio havia denunciado que estava sendo ameaçado por um cartel do país.

“Há três dias, um militante de Manabí [cidade do Equador] recebeu visitas de vários mensageiros de Alias Fito [líder do cartel Los Choneros] para dizer a ele que, se eu continuasse mencionando os Los Choneros, eles iriam me quebrar”, disse no programa Vis a Vis, apresentado pela jornalista Janet Hinostroza, na quarta-feira (2).

Los Choneros são uma organização criminosa do Equador que surgiu em Manabí e é formada por duas gangues chamadas Fatales e Las Águilas. Eles atuam com extorsão, tráfico de drogas e homicídios.

Eleições mantidas

Em pronunciamento na madrugada desta quinta, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção e garantiu que as eleições presidenciais no país estão mantidas para o dia 20 deste mês.

Lasso afirmou que, com o estado de exceção, as Forças Armadas foram mobilizadas para garantir as eleições e a segurança nacional. “Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse o presidente.

O chefe Equatoriano salientou ainda que o Equador não vai retroceder diante “daqueles que buscam amedrontar” o país. O presidente garantiu que as instituições democráticas não entregarão o poder ao crime organizado.

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