Sábado, 07 de Setembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de abril de 2023
Na véspera de completar os 100 primeiros dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou que priorizou, neste início de mandato, “o que era inadiável” para criar “bases para um futuro melhor”. O petista citou a formulação do arcabouço fiscal, “realista e responsável, que mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam no orçamento”.
Em artigo publicado no jornal Correio Braziliense, o petista citou a retomada de programas sociais carimbados por outras gestões petista e afirmou que “os problemas herdados eram tantos”, que o “termo ‘reconstrução’ foi incorporado ao slogan do governo federal”.
Lula chega a marca dos cem dias nesta segunda-feira (10), como o único presidente a não criar uma nova marca no período. Ele foi também o que enfrentou as piores crises em poucas semanas à frente do Palácio do Planalto, como os atos extremistas de 8 de janeiro e a morte de indígenas na reserva ianomâmi.
“Governar é lidar com urgências, ao mesmo tempo em que criamos as bases para um futuro melhor. Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível e alcançar sonhos que hoje podem parecer impossíveis”, escreveu o chefe do Executivo no artigo. Lula retoma críticas à gestão anterior, sob o ex-presidente Jair Bolsonaro, retórica utilizada com grande força nesses primeiros dias de governo. Segundo o presidente, “os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes”, e destacou a necessidade dos termos “reconstrução” e “união”.
“Não existem dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato. Somos uma nação”, disse. “Enfrentamos calamidades, dialogamos com prefeitos, governadores, deputados, senadores e sociedade civil. Promovemos a harmonia entre as instituições e a defesa intransigente da democracia e dos direitos humanos”, pontuou.
Entre os feitos citados por Lula nesse balanço prévio da gestão estão a retomada do Bolsa Família com novos valores; o reajuste dos valores das merendas escolares; a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); a retomada do Minha Casa, Minha Vida e dos Mais Médicos; o retorno das campanhas de vacinação; planos de combate ao desmatamento e a recriação de ministérios, como o da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas.
Na área econômica, o presidente citou a formulação do arcabouço fiscal como “realista e responsável” e que “mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam incluídos no orçamento”. O texto, contudo, ainda não foi entregue ao Congresso Nacional.
Mundo
Já na área internacional, Lula comenta que o País deixou “o triste papel de pária internacional, graças à retomada da nossa política externa ativa e altiva”. Levantamento feito pelo Estadão mostrou que o presidente conversou com 26 chefes de Estado, entre encontros presenciais e telefonemas, desde a sua posse em 1º de janeiro até 31 de março.
“Nos 1.360 dias que temos pela frente, seguiremos firmes na reconstrução de um país mais desenvolvido, justo e soberano, com paz, harmonia e oportunidades para todos. O Brasil voltou”, finalizou o presidente.
No Ar: Pampa Na Tarde