Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco Subúrbios de Kiev viraram armadilhas para moradores

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Um aglomerado de cidades construídas entre florestas de abetos e carvalhos a noroeste de Kiev há muito tempo atrai a classe média da capital. Agora, elas foram transformadas em lugares de total desespero.

Forças russas invadindo Kiev em uma tentativa de cercar a capital ucraniana de 2,9 milhões de habitantes entraram nas cidades suburbanas cujos nomes estão rapidamente se tornando sinônimo de sofrimento.

Desde o primeiro dia da invasão ordenada pelo presidente Vladimir Putin, as tropas russas apontaram para Gostomel, que abriga um aeródromo estratégico usado pelo maior avião do mundo, o An-225 “Mriya”, ou “Sonho”, agora destruído. A luta pesada logo engoliu as cidades vizinhas de Irpin, Bucha e Vorzel. Milhares de moradores estão escondidos nos porões de suas casas e vilas, temendo por suas vidas.

A situação daqueles que vivem fora de Kiev é uma mostra do sofrimento enfrentado pelos civis em todo o país após quase duas semanas de combates. Enquanto a Rússia segue dizendo que está mirando em ativos militares, o governo ucraniano acusa o Kremlin de disparar deliberadamente em áreas residenciais em uma tentativa de esmagar não apenas o Exército da Ucrânia, mas também seu povo.

Em Gostomel, a cerca de 30 quilômetros do centro de Kiev, o prefeito da cidade, Yuriy Prylypko, e seus dois assistentes foram baleados enquanto distribuíam comida aos moradores locais, segundo informou a prefeitura no Facebook na segunda-feira.

A cidade vizinha de Bucha está em ruínas, de acordo com Mykhaylyna Skoryk-Shkarivska, assessora do prefeito. As comunicações móveis e a eletricidade caíram e não houve contato com o prefeito Anatolii Fedoruk desde o meio-dia de sábado.

A Rússia “destruiu minha vida, meu trabalho amado e está matando meus amigos todos os dias e meus colegas agora”, escreveu Skoryk-Shkarivska no Facebook no domingo (6).

Ainda na região de Kiev, autoridades ucranianas disseram que um ataque aéreo russo atingiu uma fábrica de pão na cidade de Makariv, na segunda-feira (7), matando pelo menos 13 civis. Das 30 pessoas que se acreditava estarem lá, cinco foram resgatadas.

Já na cidade portuária de Mariupol, no Sul, centenas de milhares de pessoas ficaram presas sem comida e água sob bombardeios regulares.

“Eles estão bombardeando a vida de tudo o que está se movendo”, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy.

Na cidade de Kharkiv, no Leste do país, a polícia disse que mais 10 pessoas foram mortas no último dia, elevando o número total de mortos do bombardeio russo para 143 desde o início da invasão.

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