Terça-feira, 15 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de maio de 2023
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os atos de 8 de janeiro será instalada na próxima quinta-feira (25), às 9h. Deputados e senadores vão apurar os atos realizados no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília.
A duração dos trabalhos será de seis meses. A comissão será composta por 32 titulares, divididos igualmente entre deputados e senadores. A maioria dos partidos já indicou seus membros.
Caso a composição ainda não esteja completa no momento da instalação, caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciar os nomes. Após instalada, serão definidos o presidente e o relator da comissão.
Parlamentares – Pelo bloco parlamentar da Resistência Democrática (PSB, PT, PSD e Rede) foram indicados os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSB-BA) e Eliziane Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Ana Paula Lobato (PSB-MA).
Pelo bloco Vanguarda (PL e Novo) foram indicados os senadores Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Pelo bloco Aliança (PP e Republicanos), os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Damares Alves (Republicanos-DF).
Pelo bloco União, PP, Federação PSDB Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota os indicados são os deputados Arthur Maia (União-BA), Duarte (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e um cargo ainda está vago.
Já o bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC escolheu os deputados Rodrigo Gambale (Podemos-SP), Paulo Magalhães (PSD-BA), Aluísio Mendes (Republicanos-MA) e ainda há um cargo vago.
O PL indicou os deputados André Fernandes (CE), Delegado Ramagem (RJ) e Filipe Barros (PR). O bloco PCdoB, PT e PV escolheu os deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O PSOL escolheu a deputada Erika Hilton (SP).
O bloco parlamentar Democracia (PDT, MDB, PSDB, Podemos, União) tem seis vagas, mas ainda não fez indicações.
Ressentimento e ódio
Do carro de som, na Marcha para Jesus em Curitiba, o senador Sérgio Moro (União-PR) voltou a criticar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o deixou fora da política pelos próximos oitos anos.
Moro evitou personalizar as críticas, mas disse que a decisão é uma ‘gigantesca injustiça’, motivada por ‘ressentimento’ e por ‘ódio’. Também pediu orações para afastar ‘sombras’ e ‘maus sentimentos’ das autoridades em Brasília. Ele discursou ao lado de Dallagnol.
“Se a gente se deixa dominar pelo ódio e pelo ressentimento, a gente se afasta cada vez mais de Deus e de Jesus. Então queria pedir para vocês orações, não só para que nós possamos ter Justiça na terra em relação ao Deltan, mas também para afastar as sombras dos corações e mentes de Brasília que podem fazer a diferença”, afirmou.
O ex-juiz da Operação Lava-Jato também saiu em defesa da trajetória política de Dallagnol: “É a pessoa mais honrada que eu conheço, uma das melhores pessoas que eu já conheci. E eu digo isso sem ser um amigo próximo dele. Digo isso pela admiração profissional, pelo trabalho que ele fez nesse País. Quanto riscos ele assumiu?”
Adversários políticos do senador acreditam que ele pode ser perder o mandato até o final deste ano. Em entrevista, o ministro aposentado Marco Aurélio Mello criticou o TSE e disse que não descarta a cassação de Moro: “A essa altura nós estamos, passo a passo, ficando perplexos. Eu não estaria dormindo bem no lugar do Moro.”
O jornal Estado de S. Paulo conversou com Dallagnol. O deputado cassado prometeu tentar todos os recursos para manter seu mandato na Câmara. Os recursos podem ser enviados ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal. As chances de vitória, no entanto, são consideradas pequenas: o julgamento na Corte Eleitoral foi unânime e o STF tem maioria anti-Lava-Jato.
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