Sexta-feira, 20 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de junho de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias o inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) que apura as ações do blogueiro e extremista Allan dos Santos. A decisão atende a um pedido formal feito pela própria corporação, que ainda aguarda informações essenciais para o avanço das investigações.
O inquérito foi instaurado em julho de 2023, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar favoravelmente a um pedido apresentado pela jornalista Juliana Dal Piva. Segundo a denúncia, Allan dos Santos teria forjado mensagens falsas atribuídas a ela com o objetivo de descredibilizá-la e atacá-la publicamente. A suposta manipulação de conteúdo motivou a abertura da investigação.
Desde então, a Polícia Federal tem buscado obter dados junto à Meta — empresa que controla plataformas como WhatsApp, Facebook e Instagram. A corporação solicitou informações detalhadas sobre duas contas atribuídas ao investigado, além de registros de publicações feitas entre junho de 2023, quando o inquérito teve início, e março de 2024.
Até o momento, porém, a Meta ainda não respondeu à solicitação da Polícia Federal, o que tem atrasado o andamento do processo. Por isso, os investigadores pediram mais tempo para seguir com a apuração dos fatos. O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido e autorizou a extensão do prazo por mais 60 dias.
Allan dos Santos está foragido desde outubro de 2021, quando teve sua prisão decretada por Moraes no contexto do chamado inquérito das milícias digitais. Ele é apontado como uma das figuras centrais na disseminação de desinformação e ataques sistemáticos contra instituições democráticas, como o próprio STF. O blogueiro deixou o Brasil e atualmente reside nos Estados Unidos.
A Justiça brasileira chegou a solicitar a extradição do extremista, mas o pedido foi negado pelas autoridades americanas. Desde então, Allan continua morando fora do País, mesmo sendo alvo de investigações e ordens judiciais em território nacional.
A prorrogação do inquérito busca garantir que a Polícia Federal tenha tempo suficiente para reunir todas as provas necessárias antes de qualquer conclusão. A expectativa é que, com o recebimento dos dados da Meta, a investigação avance de forma mais objetiva, permitindo esclarecer o suposto esquema de falsificação de mensagens e sua real autoria. (Com informações do portal Metrópoles)
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