Segunda-feira, 06 de Maio de 2024

Home em foco Alguém está pedindo ao ministro Nunes Marques os mesmos benefícios dados ao contraventor Rogério Andrade

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No habeas corpus sigiloso em que o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu a liberação do contraventor Rogério Andrade do uso da tornozeleira eletrônica, surgiu um novo requerimento na última sexta-feira (19).

É que alguém, cuja acusação tem certo grau de similaridade com a de Andrade, está solicitando a extensão das vantagens obtidas por ele.

Como o caso segue em segredo de Justiça, não é possível saber a identidade do interessado, mas no processo em curso na Justiça do Rio onde constam os relatórios de monitoramento do contraventor, outro réu é Gustavo Andrade, filho de Rogério.

Advogado

O advogado André Callegari deixou a defesa do contraventor Rogério de Andrade no fim de semana. O comunicado foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no sábado (20), quatro dias depois da decisão que permitiu a retirada da sua tornozeleira eletrônica e o liberou de cumprir recolhimento domiciliar.

Callegari informou que a saída ocorreu por motivos éticos e divergência de estratégias de defesa. Na última terça (16) o ministro Nunes Marques autorizou a retirada das medidas cautelares contra Rogério após a defesa alegar que ele não descumpriu nenhuma delas e que as investigações contra ele já estavam na fase final.

Rogério de Andrade foi preso em 4 de agosto de 2022 em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Na época, ele era considerado foragido desde a deflagração da operação Calígula, em maio daquele ano, contra redes de jogos de azar.

O pedido de prisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) citou que documentos encontrados nas buscas apontavam uma “sistemática cadeia de corrupção mantida de forma persistente com instituição de segurança pública, e pior, após a deflagração desta ação penal, durante períodos inclusive que o réu permanecia foragido”.

No entanto, Rogério deixou a cadeia em dezembro daquele ano após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder liminar para substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, que incluíam a tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar à noite.

“A decisão do STJ que restabeleceu a liberdade de Rogério Andrade corrigiu um erro da Justiça do Rio de Janeiro, que havia decretado a prisão com provas extemporâneas ao processo e sem a devida fundamentação necessária de acordo com a Constituição Federal”, explicou, à época, o advogado André Callegari.

Rogério de Andrade é sobrinho de Castor de Andrade, que dominava o jogo do bicho nas décadas de 70 e 80. Após a morte de Castor em 1997, ele passou a disputar o espólio com Fernando Iggnácio, genro do patrono, que foi assassinado há quase quatro anos. Além disso, ele também é presidente de honra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

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