Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

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Apenas 18 municípios brasileiros não registraram casos de covid-19 em 2020, segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais: Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desse grupo, 11 tinham população de até cinco mil habitantes e cinco deles, na faixa de mais de 5 mil a até 10 mil habitantes.

A chamada Munic, que contou com a participação de mais de 98% das cidades brasileiras, foi feita pela primeira vez de forma inteiramente remota, por causa da pandemia, e continuará a ser realizada desta forma nas próximas edições. A pesquisa referente a 2021, em fase de coleta de dados, terá novamente um capítulo especial dedicado à pandemia.

Ao todo, 99,7% dos municípios que responderam à pesquisa tiveram casos confirmados de covid-19. Desses locais, 88,8% tiveram mortes por causa da doença.

A ampla maioria dos municípios pesquisados (98,6% ou 5.393) adotaram alguma medida de isolamento social por causa da pandemia. Desses, a maioria das ações ocorreu já no mês de março (3.608), mas houve municípios em que isso só ocorreu em dezembro (quatro deles). Neste indicador, é importante destacar que a resposta se refere ao momento da coleta da pesquisa, que teve início em setembro.

A despeito da ampla adoção de medidas de isolamento social, a pesquisa mostra que houve 74 prefeituras que não agiram neste sentido, ou 1,4% dos municípios entrevistados. Nesse grupo, todas têm até 100 mil habitantes e o maior contingente (28) é de cidades com até cinco mil moradores.

“Quanto maior o número de habitantes, maior é o percentual de adoção de medidas de isolamento social”, afirma Rosane Oliveira, uma das responsáveis pela pesquisa.

O indicador de óbitos provocados pela covid-19 também mostra taxas maiores nos municípios mais populosos. Na média nacional, 88,8% das cidades tiveram alguma morte pela doença, mas o percentual sobe para 100% no caso das cidades com mais de 100 mil habitantes. Nas cidades com até 5 mil moradores, a fatia é menor, de 97,7%.

Transporte público

Pouco mais da metade dos municípios brasileiros (50,6%) não tinha transporte por ônibus para deslocamentos internos em 2020, segundo a Munic.

A situação é mais crítica nas cidades com população de até cinco mil habitantes: nessas a parcela de quem não tem esse serviço chega a 68,7%. Por outro lado, o índice é de 100% em todos os municípios com mais de 500 mil habitantes.

A pesquisa mostra, ainda, que apenas um quinto (20,7%) dos municípios com transporte por ônibus intramunicipal tinham frota de ônibus totalmente adaptada. Apesar de uma parcela pequena, houve avanço no período recente, já que em 2017 o percentual era ainda menor, de 11,7%.

Os dados de 2020 da pesquisa indicam ainda que houve redução no número de municípios com alguma estrutura para as políticas de transporte. Eram 4.152 cidades em 2017, ou 74,5% do total, número que caiu para 3.999 em 2020, ou 73,5% do total. A exceção ocorreu nos municípios com população acima de 100 mil habitantes (aumento de 2,2%) e na Região Sudeste (1,2%).

A periodicidade da pesquisa é anual, mas há um rodízio de temas. Com isso, os dados são sempre comparáveis a cada quatro anos. O objetivo é que haja informações sobre as principais políticas públicas uma vez a cada quatro anos, ou seja, uma vez em cada gestão.

Para além das informações na esfera municipal na área de transportes, o IBGE divulgou também a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais: Perfil dos Estados Brasileiros (Estadic).

Os dados mostram que apenas seis das 27 unidades da federação tinham as frotas de ônibus intermunicipais totalmente adaptadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em 2020. Em quatro anos, o avanço foi pequeno, já que o número era de cinco estados em 2017.

O número de Estados com adaptação parcial saltou de 16 em 2017 para 21 em 2020, enquanto o de Estados sem qualquer adaptação caiu de 6 em 2017 para zero em 2020.

A coleta das pesquisas Munic e Estadic foi feita entre setembro de 2020 e março de 2021, mas sempre com o ano de 2020 como referência.

Impacto ambiental

Dois terços (66,2%) dos municípios brasileiros registraram algum impacto ambiental em um período de dois anos, até 2020, segundo a Munic.

O fenômeno da degradação ambiental estava espalhado por grande parte do território brasileiro, mas se mostra de forma mais intensa na região Norte, onde 78,5% dos municípios relataram algum tipo de impacto ambiental, segundo o IBGE.

Em seguida, vem a região Centro-Oeste, onde 69,2% dos municípios observaram algum tipo de impacto. Na avaliação do instituto, outra evidência da extensão e gravidade desse impacto é o fato de que essas regiões abrigam os maiores biomas brasileiros, Amazônia e Cerrado, cujas dimensões ultrapassam mais da metade do território brasileiro.

No âmbito nacional, as queimadas se tornaram, em 2020, o evento mais frequente de impacto ambiental e foram registradas em quase metade dos municípios (49,4%). Na edição mais recente da pesquisa, em 2017, a taxa de queimadas foi bem menor, de 33%. De 2017 para 2020, o número de municípios com ocorrência de queimadas aumentou 42,9%, de 1.252 para 1.789.

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