Sexta-feira, 03 de Maio de 2024

Home Economia Após disparada, dólar alivia e fecha a semana abaixo dos R$ 5,20

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O dólar fechou em queda nessa sexta-feira (19), abaixo dos R$ 5,20. A moeda passa por um movimento de correção nos últimos dias, em meio à disparada das cotações desde a semana passada.

A divisa teve queda de 0,96%, cotado a R$ 5,19. Com o resultado, acumula:

* alta de 1,53% na semana;
* ganho de 3,67% no mês;
* alta de 7,15% no ano.

Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e a cautela com o conflito no Oriente Médio.

Na noite da última quinta-feira (18), Israel lançou um ataque contra o Irã. A imprensa iraniana informou que drones foram abatidos e, segundo um militar do país, nenhum estrago foi causado.

Mercados

Na quinta, os novos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficaram estáveis em 212 mil na semana encerrada em 11 de abril, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 215 mil pedidos.

Apesar do alívio nesses dados de emprego, os demais números da maior economia do mundo continuam fortes – o que aumenta a perspectiva de que o Fed (o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No início da semana, por exemplo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente.

Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos – referência global de investimentos seguros – superarem os 4,60%.

Já na quarta (17), o Livro Bege do Fed, que mostra um retrato da saúde da economia norte-americana, indicou que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado.

Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre.

Com isso, falas de dirigentes do Fed, que participam de eventos ao longo do dia, também devem ficar na mira dos investidores.

Na última terça (16), o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%.

“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança”, afirmou Powell durante evento realizado em Washington.

No Brasil, o grande destaque da semana foi a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026.

A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal.

Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado.

No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo.

Na cena corporativa nacional, destaque para as redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para combinarem seus negócios – ou seja, um acordo para uma possível fusão entre as companhias.

Por fim, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria.

Na noite de quinta, Israel respondeu ao ataque. A imprensa iraniana informou que drones foram abatidos e, segundo um militar do país, nenhum estrago foi causado.

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